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quarta-feira, junho 30, 2010

Eu Aprendi...

O Garoto

Eu aprendi...
...que ter uma criança adormecida nos braços é um dos momentos mais pacíficos do mundo;

Eu aprendi...
...que ser gentil é mais importante do que estar certo;

Eu aprendi...
...que nunca se deve negar um presente a uma criança;

Eu aprendi...
...que eu sempre posso fazer uma prece por alguém quando não tenho a força para ajudá-lo de alguma outra forma;

Eu aprendi...
...que não importa quanta seriedade a vida exija de você, cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir junto;

Eu aprendi...
...que algumas vezes tudo o que precisamos é de uma mão para segurar e um coração para nos entender;

Eu aprendi...
...que os passeios simples com meu pai em volta do quarteirão nas noites de verão quando eu era criança fizeram maravilhas para mim quando me tornei adulto;

Eu aprendi...
...que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos;

Eu aprendi...
...que dinheiro não compra "classe";

Eu aprendi...
...que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular;

Eu aprendi...
...que debaixo da "casca grossa" existe uma pessoa que deseja ser apreciada, compreendida e amada;

Eu aprendi...
...que Deus não fez tudo num só dia; o que me faz pensar que eu possa?

Eu aprendi...
...que ignorar os fatos não os altera;

Eu aprendi...
...que quando você planeja se nivelar com alguém, apenas esta permitindo que essa pessoa continue a magoar você;

Eu aprendi...
...que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas;

Eu aprendi...
...que a maneira mais fácil para eu crescer como pessoa é me cercar de gente mais inteligente do que eu;

Eu aprendi...
...que cada pessoa que a gente conhece deve ser saudada com um sorriso;

Eu aprendi...
...que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;

Eu aprendi...
...que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;

Eu aprendi...
...que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu.

Eu aprendi...
...que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar;

Eu aprendi...
...que devemos sempre ter palavras doces e gentis pois amanhã talvez tenhamos que engoli-las;

Eu aprendi...
...que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar sua aparência;

Eu aprendi...
...que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito;

Eu aprendi...
...que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a;

Eu aprendi...
...que só se deve dar conselho em duas ocasiões: quando é pedido ou quando é caso de vida ou morte;

Eu aprendi...
...que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.

Autor Deconhecido
Foto: Dihelson Mendonça - Proibida a Reprodução e Utilização sem consentimento do autor

sábado, junho 19, 2010

Ensaio Fotográfico - Ponta da Serra - Dihelson Mendonça


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Fotos: Dihelson Mendonça
Proibida a Reprodução e Utilização sem a Autorização do Autor

terça-feira, junho 15, 2010

Contagem regressiva para o FIG, festival de inverno de Garanhuns

Venha curtir o frio aconchegante e o calor hospitaleiro de Garanhuns!


Com a péssima programação da expocrato, o novo destino para os cratenses que gostam do que é bom, que se sentem órfãos dessa que era a maior festa do ano transformada agora em comércio e lixo musical, é Garanhuns, Cidade do Pernambuco, abençoada essa época do ano pelo clima frio, e com um fesival de alta qualidade que completa 20 anos!

Depois de confirmado Os Paralamas do Sucesso no FIG 2010, a Fundarpe, através de seu twitter, divulgou outra atração no fim da tarde desta segunda-feira (14). Trata-se do grupo Móveis Coloniais da Acaju, que se apresentará no dia 17 (sábado), na Esplanada Guadalajara. A banda Skank é mais uma atração de peso anunciada pela Fundarpe no começo da noite desta segunda-feira (14). Pelo Twitter www.twitter.com/fig_pe, esta Fundação acabou de divulgar Skank como um dos grandes nomes da música nacional que embalarão a terceira noite do Festival de Inverno de Garanhuns, no dia 17.


Por: Janinha - CULTURA NO CARIRI
Rede Blogs do Cariri - www.culturanocariri.blogspot.com

quarta-feira, junho 09, 2010

Cabeção faleceu!


cabeção

Estamos profundamente consternados com o falecimento de um grande amigo, que era tratado como se fosse um filho ou um ente muito querido. Perdemos ontem, o nosso gatinho de estimação, mais conhecido pelo apelido singelo de "cabeção". Cabeção morava num sítio nos arredores do Crato, onde costumávamos ir nos fins-de-semana. Carinhoso e sapeca como poucos, ele adorava posar para fotografias. Hoje, não há mais correria atrás das galinhas, não há mais copos quebrados, nem aquelas furtivas subidas ao fogão para conferir o prato do dia, e se a comida já estava pronta. Não temos mais a sua cauda passeando pelos pés enquanto caminhamos juntos. O cão da casa já não tem mais tantos motivos para uivar de ciúme. A casa ficou vazia, silenciosa e de um aspecto profundamente cinzento. Meu gatinho, Deus em sua infinita bondade, não haveria de deixar vocês de fora do seu grande plano. E com certeza há um lugar reservado para todas as criaturas. Espero que aí no céu aonde creio que estejas agora, não vás causar tantos estragos na mobília, nem arranhar com suas garras afiadas as cortinas da mansão celestial como fazia. Que possa continuar tua vida simples, sem as grandes ambições humanas, de querer possuir palácios e brinquedos, a não ser por aquele suculento bife, e um peixinho de vez em quando.

Seja feliz, meu Neno.
Nós te amamos!

Dihelson e Ninha

terça-feira, junho 08, 2010

Recado Musical - Para Haroldo Ribeiro

Hoje eu estava brincando aqui ao piano e fiz um som dedicado ao meu grande amigo/irmão Haroldo Ribeiro, pianista e compositor também, apreciador do Jazz. Haroldo, essa lembrancinha é pra você, meu velho!

sábado, junho 05, 2010

Jóias da Música - Michel Petruccianni e Stephane Grapelli - Misty

E aqui, um dos grandes clássicos da música popular de todos os tempos, "Misty" de Eroll Garner, tocado pelo incrível pianista francês Michel Petruccianni e o também francês, Stephane Grapelli. Uma delícia:



Jóias da Música - Oscar Peterson e Michel Legrand

O grande pianista oscar Peterson e seu trio juntos com o pianista e compositor Michel Legrand, num dos seus clássicos: Watch what Happens. Reparem na cara do Micehl Legrand ao ver sua própria composição nas mãos do mestre Oscar Peterson, e no fabuloso solo do baixista dinamarquês Niels Pedersen, considerado um dos maiores de todos os tempos:

Jóias da Música - Oscar Peterson Trio - Alice in Wonderland

Um dos meus grandes ídolos no piano, o canadense Oscar Peterson e seu trio, formado pelo baixista Niels H. O. Pedersen, e a participação especialíssima do grande Joe Pass na guitarra. Para se deliciar mesmo:

quarta-feira, abril 28, 2010

Madrugada de Abril - Dihelson Mendonça

Dedicado a Roberto Jamacaru


Duas e trinta e oito. Canopus já brilhava alta no horizonte.
A passos lentos, uma sombra magra e tardia, range um ferrolho emperrado e poeirento
de um portão vazado e frio, de onde já se espreitam folhas insones e claras,
varridas pelo vento silencioso de uma madrugada de abril.

Um oceano do mais puro azul profundo ostenta safiras, esmeraldas e rubis piscantes
que se empalidecem ante a claridade de uma lua leitosa a boiar esplendorosamente
na imensidão celestial.
Tempo indefinido... levantando a fronte, contemplo aquele microcosmo aureolar
que define tantas verdades invisíveis quanto indivisíveis de seres de luzes tênues, quais pérolas orvalhadas, que descem e habitam almas ternas que mortificam-se em lençóis tão doces e vulneráveis...

Calhas de alumínio luminoso e cumeeiras íngremes arvoram-se em desenhar contornos que ofendem um sudário imáculo de um templo egípcio em ruínas. Uma ou outra ave perdida é avistada deslizando suas asas num jorro de leite cristalizado. E enquanto isso, Reis, príncipes e deusas desfilam para a tela da eternidade as suas glórias, em batalhas de linhas divisórias e imaginárias.

Mas, ante tudo isso, dormem os mortais!
Por sobre a terra, admirava-me a sombra de uma lua cada vez mais ocidental, que toda esparramada e nua pelos céus, esticava assuntosamente as pilastras de uma varanda de conversas longas, sussuros e sorrisos que já não há. Tarde é o tempo, e imprecisos todos os sentidos descritivos das lembranças que fulgem em crer na sua completude, nada é tão inverossímil, funesto e belo, diante do todo daquilo que apenas parece...

Poetas há que desfilam torrentes de gozo ante a via-láctea e suas vicissitudes.
Mas abraçado somente à pequenez de um instante no tempo,
sem que houvesse pobre alma mortal a companheira de verdades,
todo o universo convulsiona em beleza apenas para mim tão somente;
E como um demente, chego a crer por um breve instante, ante tanta perfeição, que posso ser um deus...
...em plena madrugada azul de Abril

Dihelson Mendonça

domingo, abril 11, 2010

"Tenho tanto para escrever, que uma vida só não me bastaria. E porque nunca começo? Talvez pela preguiça que dá fazer uma réplica da pirâmide de Quéops!"

Dihelson Mendonça

domingo, abril 04, 2010

Meu Herói Maior ! - Meu Pai...


Vendo uma das poucas fotos tiradas do meu pai, percebo que a cada dia, ele fica mais belo. Meu grande mestre, que ensinou tantas virtudes, além dos primeiros acordes no violão ( que parece ter sido num dia desses ), o meu grande abraço, meu querido amigo! Naquele dia em que nos despedimos, tu me agradeceste, misteriosamente, quando na verdade, tudo o que sou e o que eu sei, devo a ti. Tantas coisas há para serem ditas, tantos poemas para serem escritos e tantas verdades. Mas passei aqui desta vez, apenas para te dizer o quanto te amo. Paizinho, estamos todos vivos e bem. Tu estarás comigo para sempre, até o fim dos tempos, minha alma gêmea.

E aproveito para te dedicar esta música, que tanto gostavas:

Naquela mesa
(Sergio Bitencourt)


Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava estórias
E hoje na memória eu guardo e sei decor
Naquela mesa ele juntava a gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho, eu fiquei seu fã
Eu não sabia que doia tanto
Uma mesa no canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse quanto dói a vida
Essa dor tão doída não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala no seu bandolim
Naquela mesa tá faltando ele
E a saudade dele tá doendo em mim
Eu não sabia que doia tanto
Uma mesa no canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse quanto dói a vida
Essa dor tão doída não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala no seu bandolim
Naquela mesa tá faltando ele
E a saudade dele tá doendo em mim
Naquela mesa tá faltando ele
E a saudade dele tá doendo em mim

Dihelson Mendonça

quarta-feira, março 24, 2010

Steve McQueen - Ator Americano

Vida e carreira

Steve foi menino de fazenda, conviveu com hippies, delinquentes e transviados. Passou dois anos num reformatório da Califórnia e aos quinze anos abandonou a sua família para ser marinheiro, carregador, empregado de posto de gasolina e vendedor. A sorte chegou quando lhe calhou ganhar quinze dólares por semana para dizer um pequeno diálogo por noite num teatro off na Broadway.

Ele mesmo se definia como um indomável cínico, rebelde e nada bonito, e sempre procurou personagens obcecados por uma ideia, nada românticos e sem o estereótipo do galã. Ao chegar a Hollywood, na década de 1950 foi logo saudado como o sucessor de James Dean.

McQueen começou fazendo diversos papéis em séries de TV. Entre 1958 e 1961 estrelou "Procurado Vivo ou Morto", série faroeste para a CBS, que rendeu noventa e quatro episódios. Começou no cinema num papel não creditado em Marcado pela Sarjeta (Somebody Up There Likes Me, 1956), estrelado por Paul Newman. McQueen continuou a se equilibrar entre o cinema e a TV até que tirou a sorte grande ao conseguir um dos principais papéis de Sete Homens e um Destino (The Magnificent Seven, 1960), faroeste clássico de John Sturges, com Yul Brynner comandando um elenco repleto de outros jovens candidatos a astros, como Robert Vaughn, James Coburn e Charles Bronson.

Filmes como Fugindo do Inferno (The Great Escape, 1963), também de John Sturges, O Canhoneiro de Yang-Tsé (The Sand Pebbles, 1966), de Robert Wise e, principalmente, Bullitt (Bullitt, 1968), de Peter Yates, estabeleceram McQueen como o típico durão hollywoodiano, versão anos 1960, papel que ele herdou de Humphrey Bogart, John Wayne e outras lendas do passado e transmitiria a Clint Eastwood, Bruce Willis, Sylvester Stallone etc.

Na década seguinte, o sucesso continuou em diversas películas bem acolhidas pelo público, como Papillon (Papillon, 1973), de Frank J. Schaffner, e Inferno na Torre (The Towering Inferno, 1974), de John Guillermin e Irwin Allen. No entanto, McQueen era um solitário por natureza e sua insociabilidade atingiu o ápice entre 1974 e 1978, quando preferia ficar trancado em casa, bebendo cerveja e engordando. Chegou a recusar convites milionários, como atuar em Apocalypse Now, de Francis Ford Coppola ou trabalhar ao lado de Sophia Loren. Seu único interesse eram os carros e chegou ao ponto de pedir a seu mecânico para ler os roteiros que recebia e mostrar a ele apenas os mais interessantes. Finalmente, voltou ao cinema no fracassado O Inimigo do Povo (An Enemy of the People, 1978), de George Schaefer, drama adaptado da peça de Henrik Ibsen. Sua última atuação foi no thriller Caçador Implacável (The Hunter, 1980), de Buzz Kulik, já debilitado pela doença que o levaria à morte.

McQueen casou-se três vezes, a primeira com a cantora e dançarina Neile Adams (1956-1972), com quem teve seus dois filhos, depois com a atriz Ali MacGraw (1973-1978), que conheceu durante as filmagens de Os Implacáveis (The Getaway, 1972), de Sam Peckinpah, e por último com Barbara Minty (Janeiro a Novembro de 1980). Os dois primeiros terminaram em divórcio.

O ator foi vítima de um mesotelioma, câncer na membrana que envole os pulmões e é por vezes chamado de "a doença do amianto", aos cinquenta anos de idade. Quando faleceu possuía sua própria empresa cinematográfica, a Solar, e era um dos mais populares astros norte-americanos.

Fonte: Wikipedia

segunda-feira, março 15, 2010

A lei das 3 peneiras

Uma Filosofia de Vida

Há tempos eu procuro um texto sobre a Lei das 3 peneiras, que gostaria que todos os escritores de nossos Blogs e de outros sites pudessem ler e refletir. Muita coisa se publica, mas será que tudo é útil ?

As 3 peneiras de Sócrates!!!

Um rapaz procurou Sócrates, o sábio grego, e lhe disse que precisava contar algo sobre alguém. Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:

- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?
- Três peneiras?
- Sim. A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer contar é um fato? Caso você apenas tenha ouvido falar, a coisa deve morrer por aí mesmo. Suponhamos, então, que seja verdade. Deve agora passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a reputação do próximo? Se o que você vai contar é verdade, e coisa boa, deve passar ainda pela terceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? É realmente importante a divulgação desta informação? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o mundo?

E arremata Sócrates:

- Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, como você iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o planeta e fomentar a discórdia.

Por: Dihelson Mendonça

segunda-feira, março 08, 2010

Pensamento do Dia

"Quando vires um homem bom, tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo."

Confúcio

sexta-feira, novembro 20, 2009

CD e Livro: A Busca da Perfeição

"Fazer música, é traduzir o Universo!"

NE - Artista Caririense com 29 anos de carreira, reconhecido no Brasil e no Exterior, CD na mão, não é convidado para a Mostra SESC. Qual é a Política e o porquê ?

Uma coisa interessante acontece na região do Cariri. Tenho notado que eventos culturais e artísticos são realizados ( e já são coisa rara ), mas quando isso acontece, parece existir sempre uma espécie de POLÍTICA em quem irá participar desses eventos. E não me refiro aqui apenas á corrente Mostra SESC, mas a diversos outros. Mas em específico, por exemplo, não é por falta de conhecimento da parte dos organizadores da Mostra SESC Cariri de Cultura que em 11 anos de sua existência, Eu e meu grupo musical, que possuo um trabalho autoral de música instrumental bastante elogiado pela crítica do Sul do país, jamais fui convidado para fazer parte dessa tal mostra SESC.

Eu aguardei muitos anos para fazer esta ponderação aqui de público, por entender que um dia ainda chegaria a minha vez. Mas não. Estou com meu próprio CD na mão, lançado no início de 2009, e modéstia à parte, um trabalho belíssimo, que reúne Música, Poesia e Artes Visuais. Coisa para quem realmente entende de arte em toda a sua expressão, e alinhado com os propósitos da Mostra SESC. Não fiz esse trabalho voltado aos leigos, e sim às cabeças pensantes ainda existentes espalhadas por esse país imenso. Nada mais justo do que ser convidado para expor esse trabalho, que além do CD, acompanha um livro fotográfico de 100 páginas com poesia e outros textos de mais de 30 participantes que muito enobrecem a Arte Caririense. O CD e o Livro que o acompanha é uma espécie de tributo à arte e ao Pensamento. Não só Caririense, mas Universal, já que trata dos grandes questionamentos humanos traduzidos em arte conceitual e experimentalismo sonoro.

Tenho visto ao longo dos anos que na Mostra SESC tem prevalecido, aparentemente, o pessoal de fora. Há quem diga até que essa é uma Mostra IMPORTADA, pois o espaço reservado ao pessoal do Cariri ainda é bastante restrito. Do que se conclui que das duas uma:

01 - Ou podemos concluir que há uma Ignorância em relação a quem faz Arte no Cariri.
02 - Ou os organizadores da Mostra SESC são muito mal-intencionados em excluir propositalmente os artistas do Cariri ou reduzir seu espaço de atuação.

E eu não falo apenas por mim. Temos outros artistas igualmente talentosos, como o violonista Cleivan Paiva, que possui um trabalho musical artístico belíssimo, 3 CDs lançados. Sucesso de Público e Crítica. Só quem não ouviu falar ainda em Cleivan Paiva, é quem não entende NADA de Arte, isto é, geralmente os cabeças de planilha que organizam eventos. Um músico que tem uma história dentro da Música Instrumental Brasileira. Temos muitos outros artistas, a exemplo também do Trio Zero Grau, com Ibbertson Nobre, temos o Luiz Carlos Salatiel, temos enfim... tanta gente excluída aí da parte musical da Mostra SESC, que somos forçados a pensar que essa exclusão se dá de modo proposital, já que todos nós estamos preparados para atender a qualquer convite feito pelos organizadores, já que somos do Cariri. Essa mostra vem para o Cariri e é para o Povo do Cariri.

Quero me solidarizar com Cacá Araújo e sua Guerrilha, uma verdadeira Mostra paralela que ele e seus companheiros realizaram durante o período da Mostra SESC, contendo peças de, por e para o nosso Cariri. Quero me solidarizar e externar a minha simpatia a esse movimento de verdadeiros guerrilheiros que não se contentando em esperar que um dia a Mostra SESC resolva incluir os artistas do teatro local também, partiram para abrir o seu próprio negócio, e estão mais do que certos! Se nós enquanto artistas do Cariri não lutarmos por nosso espaço, já vi que ninguém luta mesmo. Porque os que seriam para nos contratar, preferem trazer sempre o pessoal de fora. Num evento em que poderia ser a APOTEOSE da Cultura Caririense! - Em comentário recente no Blog do Crato, o artista Cacá Araújo externou também a sua indignação com a Mostra SESC, quando disse que os artistas precisariam se unir, a fim de ganhar outros espaços; Por exemplo, estendendo a guerrilha à ExpoCrato, montando um grande palco de atrações paralelas. Está certíssimo! Essa idéia eu já falei aqui há tempos, inclusive no ano passado, procuramos a administração municipal com a idéia, mas não foi possível realizar. Vamos lutar para que durante a ExpoCrato, durante a Mostra SESC, Durante todos os eventos IMPORTADOS que se caracterizam por se dedicarem a coisas culturais, nós possamos colocar os artistas e a cultura do Cariri também. Se não dentro do próprio evento, que façamos nosso próprio evento paralelo.

Para quem não conhece ainda o meu trabalho em CD e Livro, disponibilizo a seguir umas poucas páginas do livro fotográfico, que pode ser adquirido na Loja de CDs "Amilton Som" em Crato, que despacha também via correios:

CD e LIVRO: A BUSCA DA PERFEIÇÃO - Dihelson Mendonça

Trabalho autoral de Dihelson Mendonça e mais de 30 colaboradores. Reúne Música, Literatura e Artes Visuais em um CD e livro fotográfico de mais de 100 páginas. Um trabalho de arte conceitual que merece estar nas mãos de todos aqueles que sabem apreciar a ARTE. A seguir, algumas das mais de 100 páginas de poemas do livro que acompanha o CD:


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Um trabalho sobre a Existência Humana...

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A Imaginação...

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As relações cósmicas

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As Religiões e as Crenças...

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As Filosofias...

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O Enigma da Arte

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A Ciência e os Dogmas

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A música enquanto vibração do universo

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Um trabalho conduzido por inúmeras mãos...

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Onde a Arte...

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...é levada ao seu devido Templo !

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CD e Livro - A Busca da Perfeição

Produzido e dirigido por Dihelson mendonça
Arte gráfica: Soma9 Arte & Mídia
Concepção: Dihelson Mendonça
Realização: Reginaldo Farias
Fotografia: Dihelson mendonça e Pachelly Jamacaru

Já à venda em Amilton Som - Crato - CE - Vendas pelos correios.

domingo, novembro 01, 2009

Um pensamento:



"A morte não tem poder algum sobre aquele que não a teme..."

Dihelson Mendonça

sexta-feira, outubro 23, 2009

Dihelson Mendonça interpreta Franz Liszt ao Piano - Rhapsódia Húngara # 15

22 de Outubro - Aniversário de Franz Liszt - Homenagem

Em 22 de Outubro de 1811 em Raiding, Hungria, nascia o maior pianista de todos os tempos: Franz Liszt. A homenagem que eu quero fazer a liszt hoje é tocar uma de suas principais peças: A Rhapsódia Húngara Número 15, mais conhecida como Marcha Racokzi. Na verdade, essa composição deriva de uma composição tradicional na Hungria, assim como a maioria das suas Rhapsódias. O termo rhapsódia em música, se refere a uma obra contendo partes de outras peças. Liszt compôs 19 rhapsódias húngaras. Com o tempo, eu irei falando aqui no Blog sobre a vida e a obra desse extraordinário músico. Na minha opinião, na música, um dos maiores gênios da humanidade. E como ser humano, um dos raros. Ajudou praticamente todos os seus colegas contemporâneos, de Chopin, a Schumann, e foi ele quem estendeu a mão e projetou Richard Wagner. Os seus poemas sinfônicos, especialmente Les Preludes são magistrais. Afora isso, conta com mais de 700 peças, que foram gravadas recentemente pelo pianista inglês Leslie Howard. Na minha homenagem a Liszt, toco a Rapsódia Húngara # 19, gravada por ocasião de um concerto no Centro Cultural Banco do Nordeste, em Fortaleza, muitos anos atrás, e com um teclado digital ( aliás, que falta faz um piano "de verdade" para encorpar e dar dimensão a essas interpretações ).

Clique no Player abaixo ( pause antes o player da Rádio Chapada do Araripe ):



Franz Liszt (pronuncia-se Lisst), em húngaro Liszt Ferenc, (Raiding, Boêmia, 22 de outubro de 1811 — Bayreuth, 31 de julho de 1886) foi um compositor e pianista teuto-húngaro do Romantismo. Liszt foi famoso pela genialidade de sua obra, pelas suas revoluções ao estilo musical da época e por ter elevado o virtuosismo pianístico a níveis nunca antes imaginados. Ainda hoje é considerado um dos maiores pianistas de todos os tempos, em especial pela contribuição que deu ao desenvolvimento da técnica do instrumento. Franz Liszt nasceu em 22 de outubro de 1811 no vilarejo de Raiding (em húngaro: Doborján) no Reino da Hungria (então no Império Habsburgo, hoje parte da Áustria), no comitato de Oedenburg (em húngaro: Sopron). Foi batizado em latim com o nome "Franciscus", mas seus amigos mais próximos sempre o chamaram de "Franz", a versão alemã de seu nome. Era chamado de "François" em francês, "Ferenc", "Ferencz" ou "Ferentz" em húngaro; no seu passaporte húngaro de 1874, o nome registrado era "Dr. Liszt Ferencz". Seus pais eram Adam e Anna Maria Liszt.

Liszt cresceu em Raiding, parte de Burgenland. A língua tradicional daquela região era alemão, e apenas uma minoria sabia falar húngaro. Oficialmente, latim era utilizado. Seu pai, Adam Liszt, tivera aulas em húngaro no ginásio de Pressburg (agora Bratislava, capital da Eslováquia), mas ele não aprendeu quase nada nelas e sempre tinha notas terríveis. Apenas a partir de 1835 as crianças de Raiding passaram a ter aulas de húngaro na escola. O próprio Liszt era fluente em alemão, italiano e francês; também tinha um pequeno domínio de inglês, mas seu húngaro era muito precário. Nos anos 70, quando todos os habitantes da Hungria foram forçados a aprender húngaro, Liszt tentou aprendê-lo, mas desistiu depois de algumas aulas. A nacionalidade de Liszt foi causa de muita intriga e discussão. De acordo com pesquisas, seu bisavô, Sebastian List (o pai de Liszt acrescentou a letra "z" ao sobrenome da família, e esta versão foi adotada pelo avô de Liszt), era um alemão que resolveu morar na Hungria no Séc.XVIII. Como a nacionalidade de uma pessoa nascida na Hungria na época era herdada, seu avô e seu pai, Georg List e Adam List também seriam alemães. Seguindo este raciocínio, Liszt também deveria ser considerado alemão. A mãe de Liszt era austríaca, e a cidade de Liszt hoje pertence à Áustria.

Hoje, ele é considerado alemão por algumas pessoas, mas quando perguntado sobre sua nacionalidade, Liszt sempre respondia com orgulho que era húngaro, mesmo sem sequer falar a língua; durante toda sua vida usou seu passaporte húngaro para viajar. Este fato fez com que ainda hoje a maioria pense que ele era completamente húngaro.

Início da vida

Era sonho do próprio Adam Liszt se tornar músico. Estudara Piano, Violino, Guitarra e Violoncelo. No inverno entre 1797 e 1798, enquanto estudava Filosofia na Universidade de Pressburg, ele estudou instrumentação com Paul Wigler; infelizmente, devido à sua falta de recursos financeiros, teve de desistir dos estudos. Logo no dia 1 de janeiro de 1798, ele passou a trabalhar para o Príncipe Nikolaus II Esterházy. Entre 1805 e 1808, ele trabalhou em Einsenstadt, onde o Príncipe Esterházy (que vivia em Viena) tinha uma casa de férias com uma orquestra. Até 1804 essa orquestra foi regida por Franz Joseph Haydn, e a partir desta data até 1811, por Johann Nepomuk Hummel. Em várias ocasiões, Adam Liszt tocou nela como segundo Violoncelista. Em 13 de setembro de 1807, a orquestra executou a Missa em Dó Maior de Ludwig van Beethoven, regida pelo próprio. Adam Liszt conhecia Haydn, Hummel e Beethoven. Para ele, os vienenses clássicos haviam atingido o nível de musicalidade mais alto.

O próprio Liszt, quando adulto e artisticamente maduro, freqüentemente falava que as experiências musicais mais importantes de sua infância foram as performances de artistas ciganos. Porém, o repertório que ele teve de estudar no Piano era bem diferente da música dos ciganos. Uma carta de 13 de abril de 1820 de Adam Liszt para o Príncipe Esterházy diz que ele comprou cerca de 8800 páginas de partituras dos maiores mestres da música. Durante os 22 meses que se seguiram, Liszt já havia estudado as obras mais tecnicamente complexas de Johann Sebastian Bach, Wolfgang Amadeus Mozart, Beethoven, Hummel, Muzio Clementi, Johann Baptist Cramer, dentre outros. Já que o garoto já havia ficado doente várias vezes, é impressionante saber que ele tocou todas estas obras, mas ele havia começado no verão de 1818, mais ou menos com sete anos. Progrediu extraordinariamente rápido. Em outubro de 1820, no velho cassino de Ödenburg, ele participiu de um concerto do Violinista Baron van Praun, este também um prodígio. Na segunda parte do Concerto, Liszt tocou um Concerto em Mi Bemol Maior de Ferdinand Ries, e uma improvisação dele mesmo, com muito sucesso.

Em novembro de 1820, Adam Liszt teve uma oportunidade ainda maior de mostrar ao público o dom de seu filho. Em Pressburg, a Dieta se encontrou pela primeira vez após um rompimento de 13 anos. Em 26 de novembro, Liszt deu um concerto para uma platéia de aristocratas e membros da alta sociedade. Um grupo de magnatas assegurou um pagamento anual de 600 Gulden durante seis anos para que o garoto pudesse estudar no exterior.

Adam Liszt já havia pedido ajuda ao Príncipe Esterházy em 4 de agosto de 1819 para educar seu filho. Nessa petição, ele estimou um gasto anual que ficaria entre 1300 e 1500 Gulden. Ele não esperava que o Príncipe fosse pagar essa quantia, mas também pediu uma posição em Viena. Assim, Adam poderia ganhar dinheiro por conta própria enquanto seu filho teria aulas com um grande mestre do Piano. A petição foi apoiada por Hofrat Johann von Szentgály, um oficial. Mas como não havia vagas para o trabalho em Viena, a petição foi negada pelo Príncipe. Os 600 Gulden oferecidos pelos magnatas em novembro de 1820 eram insignificantes comparados aos gastos de 1500 Gulden anuais. Nada aconteceu pelo próximo um ano e meio. Em 6 de maio de 1822, Adam Liszt pediu em uma petição por um ano de ausência. Quando o Príncipe aceitou esta, Adam Liszt já havia vendido tudo que ele possuía em Raiding. Em 8 de maio de 1822, a família Liszt foi para Viena.

Acima: Foto do Pianista Dihelson Mendonça

Em Viena, o jovem Liszt freqüentou aulas de Piano com o grande Carl Czerny, que fora aluno de Beethoven em sua juventude. Czerny comentou em seu "Lebenserinnerungen" (Memoires) que ficou impressionado com o talento de Liszt ao Piano, mas que o garoto não tinha qualquer conhecimento de dedilhados apropriados, e seu jeito de tocar era caótico. Czerny, de primeira, mostrou a Liszt algumas das Sonatas mais fáceis de Clementi e mandou tocá-las. O garoto tocou-as sem qualquer dificuldade, mas não entendia que tinha de trabalhar nos detalhes da execução e da expressividade. O professor e seu aluno também tinham opiniões diferentes quanto a dedilhados usados para as obras tocadas. Há boatos de que o garoto em uma tentativa de escapar das odiadas aulas escreveu dedilhados complexos e difíceis para as obras e os mostrou ao seu pai, alegando que eles haviam sido escritos por Czerny. Havia se tornado "óbvio" que Czerny não tinha noção do que manda seus alunos fazerem, e Liszt deveria parar de ter aulas com ele. Após isso, Adam Liszt conversou com Czerny e seu filho, e as aulas prosseguiram.

Pouco depois, Liszt foi ouvido em círculos privados. Sua estréia em Viena foi em primeiro de dezembro de 1822, em um concerto na "Landständischer Saal". Liszt tocou um Concerto em Lá Menor de Hummel e também uma improvisação numa Ária da Ópera de Rossini "Zelmira" e também o Allegretto da 7ª Sinfonia de Beethoven. Em 13 de abril de 1823, ele deu um concerto famoso na "Kleiner Redoutensaal". Dessa vez, tocou um Concerto em Si Menor de Hummel, variações de Moscheles e uma improvisação dele mesmo. Diz uma lenda que Beethoven ficou tão impressionado com a técnica e o virtuosismo precoce do garoto que o parabenizou no palco, dando-lhe um beijo na testa. Porém, algumas fontes dizem que Beethoven nem sequer subiu ao palco, e alguns registros de Beethoven mostram que ele não compareceu ao concerto.

A partir de julho de 1822, Liszt passou a ter aulas de composição com Antonio Salieri. De acordo com uma carta de Salieri ao Príncipe Esterházy que data de 25 de agosto de 1822, até então ele havia introduzido o garoto a alguns elementos da teoria musical. Mais aulas viriam depois destas. Já que os admiradores do garoto o tratavam como um novo Mozart ou Beethoven, Salieri havia aceitado uma tarefa nada fácil.

Na primavera de 1823, quando o ano de ausência concedido a Adam Liszt estava chegando ao fim, Adam Liszt pediu em vão ao Príncipe mais dois anos. Adam mais tarde pediu demissão ao Príncipe, e no fim de abril de 1823, a família voltou pela última vez à Hungria. Liszt deu concertos em Peste nos dias 1 e 24 de maio. Também participou de concertos nos dias 10 e 17 de maio no "Königliches Städtisches Theater" e em 19 de maio na "vergnügliche Abendunterhaltung" (uma tarde entretiva de música). Neste último evento, Liszt tocou um arranjo para Piano da Marcha de Rackózy, algumas danças húngaras e peças de Csermák, Lavotta e Bihari. No fim do mês, a família voltou a Viena.

Principais Obras

* 19 Rapsódias Húngaras para Piano (posteriormente orquestradas);
* 12 Estudos de Execução Transcendental;
* Sonata em Si Menor;
* Sinfonia Fausto;
* Sinfonia Dante;
* Concerto para Piano Nº1;
* Valsa Mephisto Nº1

Foi o criador do Poema Sinfônico, muito popular no século XIX. No campo da música sacra, salienta-se as 4 oratórias, S. Isabel, S.Stanislaus(incompleta), Christus, e a vanguardista Via Crucis. Escreveu duas sinfonias, a Sinfonia Dante, inspirada na Divina Comédia de Dante Alighieri, e a Sinfonia Fausto, composta por diferentes quadros que caracterizam as personagens de Fausto, do escritor romantico alemão Goethe. Liszt também possui inúmeros lieder, e peças para música de camara, das quais se deve destacar as para violino e piano.

A sua Sonata em Si menor, apesar de não ter agradado a Johannes Brahms, que diz ter adormecido durante a sua execução, é provavelmente a obra maior do compositor húngaro. Também muito populares são suas rapsódias húngaras para piano. A Rapsódia n.2, a mais conhecida delas, tornou-se muito popular até como trilha sonora de desenhos animados.

Fonte adicional: Wikipedia

Por: Dihelson Mendonça

terça-feira, outubro 13, 2009

Maravilhosa versão de "Love for Sale" de Cole porter




Existem muitas versões do grande clássico do Jazz eternizado por Miles Davis naquelas seções de 1958. Mas eu estive aqui ouvindo meus discos e me deparei com uma versão recente que é puro sentimento. Com o grande, inigualável organista Joey DeFrancesco do seu álbum "Falling in Love Again". A cantora, também incrível, é um tanto desconhecida, mas que bela voz: Joe Doggs, e a turma toda é formada por:

Joey DeFrancesco (Hammond b-3 organ); Joe Doggs (vocals); Pat Martino, Ron Eschete, Kevin Eubanks (guitar); Ralph Moore, Red Holloway (tenor saxophone); Elijah Davis (trumpet); Jeff Hamilton, Byron Landham (drums); Ramon Banda (congas).

Vale a pena conferir no Player acima!

Dihelson Mendonça

ISLAMEY de Balakirev - Uma das peças mais difíceis, para piano.




Islamey, fantasia oriental, composta pelo compositor russo Mily Balakirev é uma peça geralmente considerada uma das de mais difícil execução para piano. Poucas pessoas no mundo conseguem tocar Islamey como ela deveria ser tocada, pois esbarram na sua imensa dificuldade técnica, e isso em si já é um grande empecilho para que se possa se ater à interpretação em si .Tenho ouvido Islamey com inúmeros pianistas, mas certas interpretações me chamam atenção.

Na minha opinião, a melhor delas é a do húngaro Cziffra. O grande pianista russo da modernidade Boris Berezowsky gravou Islamey, cuja interpretação chega a ser "quase" igual à do Gyorgy Cziffra. Outras interpretações recomendadas são as de Evgeny Kissin e Vladimir Horowitz.

O grande Franz Liszt, considerado o maior pianista de todos os tempos, em sua biografia, descreve em detalhes quando estava ensinando essa peça a um dos seus melhores alunos. Na verdade, Islamey tem muito do virtuosismo de Liszt, tão em moda pela sua total hegemonia ao piano e a influência que isso causou em outros compositores, inclusive aos seus rivais como Johhanes Brahms, quando este compôs as suas próprias variações sobre um tema de paganini, Liszt chegou a dizer "vejo que pelo menos alguma coisa de mim ficou em Brahms".

O certo é que a Europa sucumbia frente ao virtuosismo do grande húngaro, e Balakirev com certeza, sendo um dos grandes pianistas da rússia, sendo parte do famoso grupo dos 5, que mais representava a chamada escola russa, que se mostrava imersa num profundo nacionalismo do qual fazia parte também Aleksandr Borodin, César Cui, Modest Mussorgsky e Nikolai Rimsky-Korsakov, usou nessa peça para piano as suas grandes habilidades: O inegável sentimento da música russa, pois sente-se um prenúncio da sonoridade característica de um Tchaikovsky, que viria a seguir, porém sem abandonar os grandes princípios da música européia mais contemporânea, com traços de Chopin, Liszt e até Schumann.

Vamos conferir, na interpretação de atualíssimo Boris Berezowsky.


Acima: Foto do compositor russo Mily Balakirev

Por: Dihelson Mendonça
Pianista

segunda-feira, outubro 12, 2009

Dedico a vocês: Badinerie - De Johann Sebastian Bach


Que possamos elevar nosso espírito através da Grande Arte!





Estava aqui a sós ouvindo Badinerie, de Bach, nesta madrugada, e comecei a refletir sobre as grandes e belas coisas que deixamos para trás.

A
o postar "Badinerie" nesta manhã cinzenta de outubro, cerro meus olhos à toda Ignorância humana e me volto para os grandes valores que juntos conquistamos em milênios e que toda a ARTE simboliza. Dedico esta mostra da genialidade à grandeza do espirito humano. E torço para que o mundo um dia, possa se tornar um ambiente de Paz, de Amor, de Alegrias e de Fraternidade. Que nos desvencilhemos de toda injustiça, malícia, intemperança que jaz em nossos corações, e possamos preencher a grande lacuna com o amor, o único e verdadeiro tesouro do homem. Dedico esta peça à criança que existe dentro de todos nós, e a essa esperança de construir um mundo melhor. Faça um grande favor a si próprio: Ouça essa belíssima composição de Johann Sebastian Bach.


Dihelson Mendonça

sábado, outubro 03, 2009

Pensamento


"Muita gente nutre ódio por nós, apenas pelo simples fato de não terem conseguido nos sugar a última gota de sangue. Raramente alguém aparece para nos propor algo que não seja unicamente do seu próprio interesse e benefício. A vida já me ensinou que a cada 10 pessoas que batem à porta, 9 é de pessoas pedindo algum tipo de favor, e que eu seria uma espécie de "privilegiado", por ser a única pessoa do planeta capaz de resolver seus problemas."


Dihelson Mendonça

domingo, setembro 27, 2009

Pensamento


"Cada um admira os pensamentos dos sábios, mas tão somente aqueles em que coincidem com o seu próprio pensamento e que lhe convém"

Dihelson Mendonça

sexta-feira, agosto 28, 2009

IMUTÁVEL

Imutável

“O que não muda está morto”
Beethoven


Não! Não foi a vida que me tirou o encanto,
Não foram as dores de um parto sombrio

Nem o canto triste de um outono distante
Ou o soluçar buliçoso de um mar bravio

Caos! desperta-me deste sonho aflito

- largo oceano, impávido, marmóreo -
Cinzas frias, outrora um incensório

A inflamar quimeras neste século maldito?

Carnes pútrefas que uma gleba rubra ansia
Já triste, a descer à sepultura inerme,
Herança - imutável coorte de mistério ...

Mordo a rocha, resvalo o véu do tempo
mas no sudário mais precípuo ‘inda ostento
A negra cara atroz de um cemitério!

Dihelson Mendonça, 19-03-2005








(gravura que ilustra a postagem: Saturno devorando seus filhos, de Francisco José de Goya y Lucientes (Fuendetodos, Saragoça, Espanha, 30 de março de 1746 - † Bordéus, França, 15 de abril de 1828), pintor e gravador espanhol.

Princípio da Incerteza



Princípio da Incerteza
( Dedicado a Goethe, pelo aniversário de seu nascimento )

De que adianta toda a criatividade à cobertura de um pão que já não contém o miolo ?
De que adianta toda a ética da retórica, se a ação resultante é nula e impotente ante a vastidão do universo? Vã é toda fé do espírito que não se baseia em uma profunda incerteza e dúvidas ante todas as coisas, assim como é preciso ser profundamente fervoroso para se tornar um cético ou um cínico.

...mas assim é o mundo tal qual o conhecemos; Viver por entre abismos fugazes de incertezas, em clarões de memória e esquecimento, onde nada é firme, nada é permanentemente acessível todo o tempo, e tudo é tão assaz corruptível. É da incerteza que vivemos! Não de méritos da alma nem do corpo. E pomos as cinzas arrogantes da consciência de todas as virtudes e do que poderia ser a nossa existência nesses breves lampejos de "insight" e "verdade", buscando como cegos buscariam, vagalumes em noites sem lua em um planeta desabitado.

Melhor seria pois, viver na escuridão de um esquecimento, sem vagalumes, sem luas, ou vagando em círculos pela eternidade, eis que breve é o tempo, fugaz é a lembrança e pálidas são todas as virtudes humanas! Mas quem assim o realiza ? Quantos de nós? Ahh... Perfeita é a ventura de viver sem temer aquilo que fingimos não ser, a fim de nos tornarmos aquilo que verdadeiramente já o somos de fato. E o resto ? O resto são apenas cinzas lançadas no vendaval do tempo e da história !

Dihelson Mendonça