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terça-feira, dezembro 21, 2010

E então eu lembrei de uma música maravilhosa... I Hear a Rhapsody...


Madrugada insone. Todos já foram dormir, e eu permaneço assim como alguém que vela o sono dos justos. Café sobre a mesa e uma tela de cristal líquido convidam a lembranças de outros tempos de luz, de pura alegria, quando tocava nas noites de um barzinho de Jazz escuro e aconchegante, em Fortaleza, para meia dúzia de mesas. Casais apaixonados, e a música de Gershwin, Cole Porter e Duke Ellington saltitava em notas musicais coloridas em clássicos como "The man I love", "Love is here to Stay", "I Got Rhythm", "Ain´t Necessarily so", "Embraceable You", "Summertime", e tantas outras. Mas de muitos desses sons inesquecíveis, havia sempre os mais sublimes. Sons que eu nunca poderia esquecer. Músicas imortais como por exemplo, I HEAR A RHAPSODY:



Por: Dihelson Mendonça

Vídeo: This is an excerpt of a gig with Helga Plankensteiner quartet on the streets of Brunico, north of Italy, on August 17th, 2007. On this tune, Helga doesn't play, so this is a trio with the great musicians Michael Lösch on organ and Enrico Tommasini on drums.

quarta-feira, dezembro 01, 2010

Um Depoimento que levarei para a Eternidade - Da minha primeira professora - Por: Dihelson Mendonça


Meus amigos, não é todo dia que temos o prazer de receber um presente como o que acabei de receber: Um depoimento de uma das minhas primeiras professoras, quando ainda estudava na cidade de Farias Brito-CE. Francisca Francineide de Oliveira, nome que nunca me saiu da memória, e que guardo com extremo carinho os seus ensinamentos. Para mim, muito mais valiosos do que muitos diplomas e troféus que já recebi na vida:

"Dihelson, te conheci criança. Menino simples, estudioso e já apontava em ti essa força, essa determinação de vencer na vida. Você ao nascer, já trouxe nas veias o dom da música, pois a família MENDONÇA tinha no seu seio um integrante que tocava um instrumento musical com exímia perfeição. Afirmo isso porque pude presenciar essa pessoa da qual estou falando ( seu tio), tocar muito bem um sax. Olha a quem você "PUXOU". Menino homem, te admiro muito, parabéns pelo sucesso que vens fazendo em todas as tuas atividades. Sinto-me com a coragem de te enviar esse comentário, porque há algum tempo atrás, na minha cidade de Farias Brito fui tua professora, na sala de Alfabetização e nessa época você já era responsável, estudava bastante e eu te amava muito por todas as ações e atitudes que praticavas na tua iniciação estudantil. Mais uma vez te parabenizo, pois és uma pessoa maravilhosa, mesmo fazendo algum tempo que não tenho contato contigo pessoalmente, porém estou sempre acessando o seu Blog.

Um abraço afetuoso da tua ex-professora:

Francisca Francineide de Oliveira Lima"

Preparei aqui uma pequena resposta para minha querida amiga Francineide:


"Minha querida e amada professora, Francisca Francineide de Oliveira; Nome que jamais saiu da minha memória em qualquer tempo; Pessoa a quem amo como quem ama a própria família. Sou-te grato não só pelas belas palavras que pronunciaste, mas sobretudo, pelo imenso amor, dedicação de todas as horas durante todo aquele período, e o exemplo de vida, que nos inspira. Na verdade, eu sempre a idolatrei, e és de todos os professores que já tive, a minha principal fonte de inspiração na retidão e nos grandes valores ensinados.

Se hoje eu sou algo, e gozo de uma vida feliz, devo em grande parte aos teus ensinamentos, tão sábios. Pois foi através de ti e ainda de uns poucos, que aprendi a arte do respeito ao ser humano, do eterno gosto pelas ciências, o despertar para grandiosos e elevados sentimentos e admiração aos desbravadores das ciências, que se consumariam numa torrente de realizações que hoje marcam a minha existência.

Não é pois, nenhum exagero da minha parte quando faço uma pausa para render-lhe louvores pela tua existência. Deus, em sua infinita sabedoria e extrema bondade, a pôs diante de mim, para que meus caminhos pudessem ter se alargado em conhecimentos, e formado avenidas cada vez mais ilumidadas e felizes.

Neste momento sublime, sinto lágrimas a escorrerem freneticamente por sobre a minha face. Mas não são lágrimas de tristeza, e sim, de felicidade, de realização. São lágrimas que durante anos ficaram guardadas, esperando o momento oportuno de virem ao mundo como filhas únicas, e testemunhas importntes de momentos tão únicos.

Agradeço mui e gentilmente pelas tuas carinhosas palavras. Mas agradeço muito mais por tudo que sou, que devo em grande parte a ti. Toda uma geração passou pelas tuas mãos. E se há algo que precisamos exercitar e manter no constante aprendizado da vida, é a reverência aos nossos mestres, a gratidão, a retidão de caráter, e o amor, que deve sempre nortear aqueles que desejam para si e para o nosso mundo um local de paz e de harmonia.

Obrigado, por uma vida de dedicação a essa grandiosa arte do magistério. Farias Brito deve se orgulhar de ti como todos nós que fomos teus alunos, e devemos externar essa nossa gratidão quando ainda estamos percorrendo esta breve passagem aqui pela terra.

A história, que tanto vimos em nossas aulas, assistiu o levantar-se de gênios, de cientistas, de grandes artistas. Não por mero acaso, mas porque além do talento inato, estes tiveram a sorte de haverem estado diante de grandes mestres. E como já disse alguém muito antes de nós, vê-se muito mais longe quando se está por sobre os ombros de um gigante.Tu és um desses gigantes.

Um terno e carinhoso abraço.
A minha eterna gratidão.
Francineide, esta flor da foto que eu fiz, é dedicada a ti.

Dihelson Mendonça

terça-feira, novembro 30, 2010

Nunca dê ouvidos a quem não gosta de ti


"Devemos eliminar de nossas vidas e das proximidades, todas as pessoas que torcem contra nós. Afastarmo-nos de todos os invejosos de plantão, de todos os que torcem contra o nosso sucesso, de todos os que distorcem as palavras a fim de nos destruir. É preciso eliminar os falsos amigos e os reles conhecidos infiéis, porque são inúteis.

Devemos reunir ao nosso redor somente uma plêiade de amigos leais, que pensam como a gente, formando uma comunidade coesa, firme, de pensamentos comuns, em consonância, que traga energias para somar e construir. Todas as distrações devem ser sumariamente eliminadas, bem como as pessoas maléficas, os insolentes, os divergentes sem causa, as que nos tentam puxar o tapete. É preciso fazer-mo-nos de surdos às suas chacotas, às suas pilhérias. Só assim poderemos pensar em crescer e ir cada vez mais longe, como a fábula da tartaruga surda, que não deu ouvidos às más línguas e foi em frente.

Raciocina por um instante:

Quem são teus verdadeiros amigos? - Conta nos dedos ?
Quem te sustenta ?
Quem alimenta a tua alma?
Quem te causa algum mal ?
Que há entre Cristo e Belial ?
Foge de gente inútil e invejosa! Pois só é possível construir na harmonia."

"Siga o teu coração. Nunca dê ouvidos a quem não gosta de ti"

Dihelson Mendonça

sexta-feira, novembro 05, 2010

Crato - Arte - Cultura - Vida em Movimento - Dihelson Mendonça

Edilma explica...

Edilma

O que o músico toca...

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O que todos compartilham

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Que sacia a fome do povo ao relento...

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Enquanto isso, na galeria, Edilma explica...

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O que se faz luz lá fora...

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Que o homem molda com seu talento, sem tocá-la com as mãos...

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O que tentam descrever...

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E é uma coisa que está sobre os pedestais, intocável, porém comum a todos...

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O que alguns descrevem, explicam, comentam, tocam, e que se chama: Amor

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Vida - Arte em Movimento !

Festival Cariri da Canção 2010
Salão de Outubro 2010

Fotos: Dihelson Mendonça
Proibida a Reprodução sem Autorizaçao

sexta-feira, outubro 29, 2010

Conheça Alexander Scriabin - Um Gênio da Música


Alexander Nikolayevich Scriabin (em russo: Алекса́ндр Никола́евич Скря́бин) foi um compositor e pianista russo (Moscovo, 6 de Janeiro de 1872 - 27 de Abril de 1915). As suas principais influências foram Chopin e Richard Wagner.

De acordo com o calendário juliano, Scriabin nasceu no dia de Natal de 1871 de uma família aristocrática. Quanto tinha apenas um ano, a sua mãe, pianista de concerto, morreu vítima de tuberculose. Scriabin é entregue aos cuidados da avó e da tia, depois do pai partir para a Turquia. Desde cedo começa os seus estudos musicais com Nikolay Zverev, na altura mestre de Sergei Rachmaninoff e de outros talentos.

Scriabin ingressa posteriormente no Conservatório de Moscovo, estudando com Anton Arensky, Sergei Taneyev e Vasily Ilyich Safonov, demonstrando na altura um assinalável talento como pianista. É, porém, nesta altura que Scriabin lesiona gravemente a sua mão direita ao sentir-se desafiado por Josef Lhevinne, colega de conservatório que posteriormente se tornará um grande pianista. É neste momento que Scriabin compõe a sua primeira grande obra, a sonata em Fá menor, num acto que definiu como «um grito a Deus e ao Destino».

Foi casado com Vera Ivanova Isakovich, embora tenha preferido a companhia de Tatiana Fyodorovna, com quem teve um filho que acabou por morrer aos 11 anos, também ele um prodígio e notavelmente talentoso em várias artes. Scriabin interessava-se pelos trabalhos de Nietzsche e pela teosofia, claras influências no seu pensamento musical, revelando-se um especial admirador de filósofos como Delville e Hélène Blavatsky.

Scriabin foi grande amigo do Conde Lisounenko (Лисуненко), quem o introduziu no mundo do misticismo. De onde surgiram as idéias de cores, luzes e do átomo que abalaria a Terra, talvez uma premonição da Bomba-Atômica, segundo estudiosos. Algum tempo antes de morrer planejou um mega-projecto a que chamou “Misteria”, um trabalho multimédia a ser apresentado nos Himalaias que desencadearia o Armagedão, uma «grandiosa síntese religiosa de todas as artes que faria nascer um novo mundo»

A escrita de Scriabin terá as suas primeiras influências na música do romantismo tardio, especialmente no estilo de Chopin, sonoridade a que a sua primeira fase de composições se assemelha bastante. As formas que usa, aliás, são as mesmas: encontramos nocturnos, prelúdios, estudos e mazurkas. Posteriormente inspirado pelos impressionistas, pelo cromatismo de Liszt e Wagner, Scriabin foi personalizando e evoluindo o seu vocabulário musical, evolução que podemos seguir através das suas dez sonatas, das quais as últimas cinco dispensam já as armações de clave e revelam passagens claramente atonais. A harmonia convencional é substituída por sistemas de acordes construídos sobre intervalos invulgares (preferencialmente quartas) e a articulação é dissolvida, tomando muitas vezes uma forma de som em massa, em que os vários acontecimentos se cruzam e atropelam.

As suas composições mais célebres são duas obras orquestrais, o Poema do Êxtase (1908) e Prometeu (1910),peças em que pretendia suscitar no público uma espécie de êxtase místico, fortalecendo a interpretação com efeitos de iluminação nas salas de concertos. Em algumas obras, como Prometeu: Poema do Fogo (1913), utiliza jogos de cores, fazendo experiências com a sinestesia na relação de música e cores. Outros exemplos são o Poème divin (1905), Vers la flamme e o Poema do Êxtase (1908).

Fonte: Wikipedia

quinta-feira, outubro 28, 2010

Vida, minha vida, Olha o que é que eu Fiz ?


Deus, em sua imensa generosidade me concedeu um privilégio de ser quase qualquer coisa que tenha me proposto a realizar durante a minha parca vida na terra, seja informática, línguas, fotografia, poesia, mas especialmente Música, aquilo que realmente nasci para fazer. Sou muito grato pelos talentos recebidos. Enquanto preparo o meu concerto do próximo sábado, dia 30, varando madrugadas em concentração absoluta, tocando, escolhendo, compondo arranjos, ouvindo Scriabin, Liszt, Schumann e outros, é que vejo o quanto tempo perdi na vida, por não haver me dedicado a exercer melhor e aprofundar meu dom musical como deveria.

É verdade que estudo constantemente, e toquei com alguns dos maiores músicos da minha geração, e minha reputação musical é das melhores, mas para um coração igual ao meu isso não é suficiente... Hoje ouvindo o "Carnaval" de Schumann, peça que conheço desde a adolescência ( hoje com 44 anos ), vejo que eu poderia ter composto coisas grandiosas. Compus minha primeira peça aos 14 anos, um Choro ao estilo de Ernesto Nazareth, que posteriormente dediquei à minha professora Diana Pierre. Ainda adolescente, queria compor alguns concertos para piano e orquestra bem ao estilo de Chopin, mas os muitos afazeres, a eterna inércia e as paixões mundadas sempre me afastaram de trabalhos mais árduos. Em música séria, é preciso muita determinação, muita transpiração, renegar o mundo em volta, e eu nunca fui muito afeito a essa espécie de eremita musical e a trabalhos extensos. Tenho feito coisas incrivelmente difícieis, desde que não me ocupem muito tempo. Coisas demoradas me entediam.

De lá para cá tenho me dedicado a inúmeras coisas, concertos, shows, e somente em 2003 retornei às composições, neste ano, compondo mais de 100 peças, e parei porque havia tanto som na minha cabeça que eu não estava dando conta em passar mais para o papel.

Hoje vejo que o caminho da reclusão do mundo, e dedicação total à composição como fizeram Rachmaninov, Prokofiev, Chopin e outros, era o caminho certo a seguir, se houvesse determinação, mas dediquei muito tempo a coisas que nunca me renderam senão aborrecimentos, como o Blog do Crato e outros projetos sociais de internet. É bom quando podemos fazer algo também pela comunidade e ser reconhecido por isso, mas Eu não sou reconhecido pela extrema dedicação que tenho me doado em tentar integrar as cidades do Cariri pela Rede Blogs do Cariri, e passar 5 anos de noites e noites acordado escrevendo notícias quando poderia dar talvez melhor contribuição ao mundo através da música.

Talvez soe meio estranho esse desabafo no meio da noite, especialmente aqui, ouvindo os Prelúdios de Scriabin, quando poderia ter continuado escrevendo os meus próprios, afinal de contas, há um ditado que diz que se queremos plantar coisas para a eternidade, plantemos idéias.

Hoje espero apenas viver o suficiente para materializar ainda o muito que tenho em música da cabeça para o papel e para o piano, que assim como Chopin, é meu outro Eu. Que Deus me dê forças para me tornar um monge da música, longe dos olhos do mundo, aquele eremita que recusei ser na juventude, e mais perto da verdade, que são apenas os sons. Viva Scriabin! Viva Chopin! Viva todos os meus grandes e verdadeiros amigos da Música.

Dihelson Mendonça
Foto Ilustrativa: Alexander Scriabin

domingo, outubro 10, 2010

Zéca Preto e Chico de Zébra - Por: Dihelson Mendonça



Zeca Preto era um desses clássicos caboclos nordestinos. 1:90m de puro sangue e músculos. A natureza havia lhe conferido uma força privilegiada, o que era reforçado ainda mais, pelo seu trabalho de servente de pedreiro, quando passava o dia carregando latas cheias de concreto para as construções, rendendo-lhe o carinhoso apelido de "Jabobêu" por parte dos colegas. Além daquele famoso "rabo de galo" lá no bar do Queléu, onde atualizava as prosas com os companheiros de sinuca, Zeca também adorava paquerar as pequenas do vilarejo.

Chico de Zébra, ao contrário, era um Cearense baixinho, bigode aparado, fala fina, metido a valentão, peixeira sempre na cintura, pois era um exímio cortador de cana. Em três coisas Chico acreditava: em Jesus, Maria Santíssima, e na honra da família. Trajando sua costumeira e surrada bermuda jeans, hoje sem cor, e um chapéu remanescente dos tempos em que largou o trabalho de pescador lá em Camocim, Chico morava numa choupana, com seus 2 filhos pequenos e claro, a sua formosa Antonieta, que embora para os dias de hoje já andasse meio decaída, já fora considerada a moça mais bela de Cotergipe. Religioso, aos domingos Chico levava a prole a assistir às chorosas homilias do vigário local, quando retiravam do armário as suas chitas mais imponentes.

Mas há tempos, andava acabrunhado o velho Chico. As más línguas do lugar haviam chegado até seus ouvidos, que Jabobêu andava dando em cima da sua Antonieta, e embora ele não tivesse a menor prova da veracidade dos boatos, que a cada dia se agigantavam em Cotergipe, isso estava roubando as suas noites de sono. Como medida preventiva, Chico começou a espalhar na redondeza, a fama de ser bom atirador de facas e que iria partir a cara do primeiro condenado que paquerasse a sua "fiel" esposa.

Zeca, folgado como sempre, não se deixava intimidar por esses ataques de ciúmes, e lá do Bar do Queléu, continuava com aquele olho de urubu esperando a vítima, pra cima da mulher do Chico, até o dia em que, tomando umas pingas a mais, começou a falar bobagens, e disse pra todo mundo:

"Antonieta é que é mulher! Ainda vai ser minha, num é pra tá com um bestalhão como aquele Chico de Zébra. Chico além de Fela da Puta, é Corno!" - Foi aquele alvoroço na cidade. A notícia se espalhou como fogo em mato de novembro, até chegar aos ouvidos de Chico, que logicamente, ficou indignado, e passava a noite resmungando, apesar dos muitos chás de camomila e erva cidreira que Antonieta lhe preparava. "-- Eu vou matar aquele desgraçado!", dizia. A mulher ainda tentava acalmá-lo: "- Chico, você num vá fazer uma besteira, homem de Deus, olha os teus 2 filhos pequenos pra criar..."

Mas Chico estava se sentindo humilhado e firmemente determinado a passar essa estória a limpo. Correu o boato na cidade, de que iria matar Zeca Preto, que quando soube, caiu na gargalhada, não ficando nem um pouco intimidado. Zeca, na verdade, se deliciava com as notícias vindas das bandas do Chico, que garantiu tomar satisfações.

Não suportando mais aquela terrível situação, pois ao passar pelas ruas de Cotergipe, até as crianças já zombavam: -- Ali vai Chico de Zébra, o corno da cidade!", Chico decidiu que o Sábado à tarde seria o momento ideal para a execução de seu plano macabro. Iria se encontrar finalmente com Zeca Preto no bar do Queléu. "-- Quero ver se aquele vagabundo tem a coragem de dizer na minha cara o que ele anda dizendo por aí, nas costas..." resmungava.

No dia programado, Chico pegou a sua famosa peixeria, botou na cintura, tomou umas bicadas e saiu em direção ao Bar do Queléu. Nem é necessário dizer que metade da cidade o seguiu em povorosa. Crianças gritavam, mulheres choravam, e os homens naquele alvoroço, diziam: "hoje vai ter pau! hoje um dos dois se acaba ! Eita, Danou-se!"

Zéca Preto tava ainda conversando dentro do bar, quando olhou pela janela e viu a multidão vindo naquela direção, e alguém disse "Que diabo é aquilo, Zéca ? O povo endoidou ? " "Não! deixa estar! É o Chico que vem lavar a sua honra de corno!"

Chico, já com cara de valentão, "pegando ar" sob a gritaria do imenso público que o seguia, e aparentando uma coragem até então inexistente em sua vida, mesmo tendo apenas quase metade da altura de Zéca Preto, chegou defronte ao Bar do Queléu e gritou:

"Zéca Preto? Eu quero ver se tu é homem é agora!"

Fêz-se aquele silêncio no vilarejo.

"Eu quero é ver se tem homem nessa cidade!"

Zéca, dentro do bar, tomou a última lapada de cana, acendeu um cigarro e foi calmamente em direção à porta. Coçou a cabeça e disse:

"O que é que você quer, Chico ?"
"Eu vim lavar minha honra!" "Eu soube que você andou dizendo por aí que eu sou Corno. Isso é verdade ? Quero ver se você tem coragem de dizer que eu sou corno na minha frente, aqui, pra todo mundo escutar. Quero ver se tu é macho mesmo é agora, Zéca Preto!"

Zéca então, largou o cigarro, e ficando na frente do Chico, inclinou o enorme corpo negro, e olhando bem nos olhos, disse com uma voz grave e forte:

"Eu falei pra todo mundo e digo agora na sua cara, Chico: Você não só é o corno da cidade, mas é também um Fela da Puta, um viado e um baitola! E aquela sua mulhezinha Marieta, ainda vai ser minha. Agora abra a boca aí, e diga ao menos um "piu" pra gente se acertar os ponteiro agora! o que é que você veio fazer aqui mesmo ?" ( E começou a dar murros na parede ).

Chico de Zébra, então, tremendo como uma vara verde, e quase se mijando diante daquele vexame, com todo mundo olhando e esperando qualquer reação, pensou...pensou e com uma voz cada vez mais fina, soltou finalmente essa:

"ÊÊÊ...Ê.......Eu num disse ? ... Eu num disse, pessoal ? Taí. Dei valor a você, Zéca Preto! Pra mim homem tem que ser macho assim, que diz as coisa na lata, na cara. Num é como essa ruma de falso, de baitola daqui de Cotergipe, que alevanta falso de nóis pelas costa ! Homem pra mim tem que dizê as coisa assim, na cara. Agora eu tô por dentro que tu é macho mesmo! " E fechando a boca, saiu cabisbaixo e de fininho no meio da multidão.

Zeca Preto, voltando para o bar, pegou um taco da sinuca, e enquanto passava o giz azul, deu uma "goipada". Queléu, o dono, então falou: "E aí, Zeca, como é que tu sabia que ele ia se desmanchar daquele jeito ?"

Zeca Preto fez uma cara de "amassa prego" com o cigarro no canto da boca, e olhando por cima do taco com um olho fechado, apenas resmungou de lado:

"É porque nesse mundo, Queléu, até pra ser um bom corno como Chico, é preciso já nascer com talento!"

Por: Dihelson Mendonça

BlogHumor - Essa turma não tem mais o que inventar ! - Vídeo humoristico mostra Hitler comentando as decisões de Lula


E vem o fim de semana, quando publicamos a nossa costumeira seção BlogHumor. Este artigo foi publicado ontem ( 09 de Outubro ) no Site do Jornal "O Povo OnLine", no famoso Blog de Eliomar de Lima. O vídeo é incrivelmente hilário. Apesar das irrealidades e exageros em muitas colocações, deve ser encarado apenas como humor. Se você assistiu ao filme original "The Bunker" os últimos dias de Hitler, vale a pena conferir essa nova versão que já é sucesso...







"Olha só o que a turma da internet inventou: um vídeo, hilário por sinal, que deve ser visto comendo pipoca."

Fonte: Eliomar de Lima - O POVO OnLine

quinta-feira, outubro 07, 2010

Picolé de Gêlo


"Existe gente tão ponderada, tão terrivelmente ponderada em suas colocações, que seu coração parece feito de gêlo, incapazes de emitir qualquer juízo que valha algo; De tal modo, que se a terra usasse desses mesmos artifícios, ficaria sem saber se comeria ou não o cadáver delas."

Dihelson Mendonça

quinta-feira, setembro 30, 2010

A Incoerência Política - O Antes e o Depois!

A falta de coerência dos nossos políticos é uma coisa assustadora. Vemos que muitas pessoas falam por conveniência. Vejam por exemplo, o que o nosso presidente Lula dizia acerca do Bolsa Família e outros planos, taxava-os de assistencialistas e manipuladores do povo. Dizia que o povo não votava por ideologia, mas com o estômago, por uma política de dominação. Agora, que está no poder e criou diversos desses planos, e chama de imbecis os que são contrários. Em qual dos LULAs se pode acreditar ? No de ontem, ou no de hoje ? Você escolhe:



Contra fatos, não há argumentos!

terça-feira, setembro 14, 2010

O Eu que um dia fui feliz - Dedicado a Wilson Bernardo


"O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia. "

Alberto Caieiro

Quanta saudade tenho daquele tempo imemorial, em que eu saía para o mato com meu avô, em manhã nublada e de chuva, bem cedo, a caminho das roças de arroz e das caieiras de tijolos, passando por dentro das cercas de arame farpado, atravessando baixios, pisando em lama, barro, vendo as minhocas e imbuás remexendo a terra, enquanto a serra do Quincuncá era de pura beleza, com uma névoa que recobria o seu cume...

Embalado ao cheiro de cuscuz com feijão, torresmo, e uma carne assada, feito nas panelas de barro, molho de pimenta malagueta, cheiro esse que saía de cada chaminé das casas de taipa do caminho numa fumaça azulada; O Dicumê da roça, que parecia uma trilha sonora entrando pelo nariz adentro e combinava tão bem com a paisagem que explodia à nossa frente de puro verde.

Passávamos por debaixo dos pés de Oiticica, ladeando corredores de frondosas mangueiras. A terra tinha um manto de folhas secas amarelas e alaranjadas, e a areia ? a Areia milenar de tantas folhas já decompostas, tinha um cheiro acre, especial, que guardo até hoje em mim.

Atravessávamos o rio na canoa de "Seu beija", em tempos de enchentes. Ah! quem não viajou na canoa de "Beija" não aprendeu ainda o sentido da vida! A água entrava pelas frestas, e tínhamos medo daquilo afundar com todos nós. Um mêdo que, não obstante, refrigera a alma.

...Descendo as ladeiras, havia um Anum em cada estaca da estrada, acenando para os passantes com a sua cauda preta, e gritando o seu clássico bom agouro: Anum...Anum...Anum...

À noite, centenas de vagalumes pareciam competir com o claro amarelo, azul e verde dos candeeiros de querosene, e eu me deitava ao relento, com a cabeça encostada numa pedra, olhando por dentro dos arbustos e ouvia lá da varanda, as estórias dos velhos, com seus cachimbos, cigarros de palha e cafés quentes, enquanto o claro azul da lua proporcionava um espetáculo ímpar, ora saindo, ora entrando dentro das núvens, que formavam desenhos gigantescos na abóboda celestial.

"O véio Mané Pereira, Seu Manezão, Nêgo Zomin, Antonio Mendonça Leite"...cadê todos vocês ? Já sei. Estão naquela varanda ainda, nas noites do meu sertão, contando histórias, estórias. Amigos, um dia estarei novamente com vocês, nas mesmas noites enluaradas, e sendo novamente o "eu que um dia fui feliz". Se morresse amanhã, ainda assim morreria contente, porque tive uma vida...muito antes de me dar conta em tentar escolher a melhor de todas elas.

Dihelson Mendonça

( Memórias - Dedicado ao poeta Wilson Bernardo )

segunda-feira, setembro 13, 2010

General profetizou sobre Lula em 1972

IMPRESSIONANTE A PROFECIA DO GENERAL MOURÃO FILHO.



(1900 - 1972)
O General morreu em 1972, portanto NÃO conheceu Lula, mas veja como ele foi profético quando escreveu em seu livro.


Recebido por E-mail por Jair Rolim

sábado, setembro 11, 2010

JAMBALAYA - Uma homenagem a Karen Carpenter - Os Carpenters



Quando há alguns anos eu lia um texto sobre a discografia do grupo de Jazz vocal "The Singers Unlimited", o autor comparava a voz da cantora com a de Karen Carpenter, uma das maiores cantoras americanas, líder do grupo "The Carpenters". Na época eu fiquei um pouco surpreso com esta comparação, mas depois dei o braço a torcer, porque afinal, Karen realmente a merece. Aqui, nesta bela interpretação de um dos clássicos da música norte-americana, de Sr. hank Williams ( que é outro grande ícone da música Country ), Jambalaya pra vocês... E a letra. Mesmo pra quem souber inglês vai ter alguma dificuldade com as palavras incomuns que são próprias dos "caipiras" americanos ( que se chamava de música Hillbilly, o mais montanhês, caipira lá dos grotões dos Estados Unidos, rs rs rs ):

JAMBALAYA

Hank Williams

Goodbye Joe,
Me gotta go,
Me oh my oh,
Me gotta go
Pole the pirogue
Down the bayou
My Yvonne,
The sweetest one,
Me oh my oh,
Son of a gun,
We'll have big fun
On the bayou
Chorus:
Thibodaux,
Fontaineaux,
The place is buzzin'
Kinfolk come
To see Yvonne,
By the dozen
Dress in style
And go hog wild,
Me oh my oh
Son of a gun,
We'll have big fun
On the bayou.
Chorus:

Chorus:
Jambalaya and a crawfish pie
And filè gumbo,
'Cause tonight
I'm gonna see by ma cher amio
Pick guitar,
Fill fruit jar
And be gayo
Son of a gun,
We'll have big fun
On the bayou

Uma Ajudinha pra quem não entendeu tudo:

Mas o que diabos essa música quer dizer, afinal ? Encontrei o significado na própria internet:

"He's going in the row boat to pick up his sweetie(Yvonne) and take her to a Cajun party where they will serve Jambalaya (Cajun Stew) and Crawfish Pie File' gumbo = file' is a seasoning powder used in stews to flavor and thicken..
My ma cher amio is a term of endearment for Yvonne.
Fill fruit jar is moonshine whiskey
Thibodaux and Fontaineaux are small towns or communities in Louisiana."

sexta-feira, setembro 10, 2010

De Sexta pra Sábado e para Dominguinhos


Homenagem a um Mestre

Enquanto eu assistia ali a um seriado e outro de Jornada nas Estrelas ( Next Generation ), minha série favorita ( e olha que tenho todas as temporadas de todas as séries em DVD ), parei para admirar a discografia de um dos maiores GÊNIOS da Música Brasileira: Dominguinhos. É incrível como a gente descobre certas preciosidades em qualquer tempo da vida. Embora eu sempre tivesse admiração pelo trabalho do Dominguinhos, nunca havia me aprofundado como nos últimos dias, e confesso que estou encantado, tentando reunir todas as faixas instrumentais que Dominguinhos já gravou, para uma coleção.

Para mim que sou músico, é um prazer imenso ouvir as composições instrumentais do Dominguinhos, pois ele tem uma maneira muito própria de construir harmonias e melodias. Sempre buscando o inatingível, percorre caminhos da harmonia que eu nunca ouvi nunguém percorrer. São próprios seus. Tenho procurado a vida inteira um som que existe na imaginação, que está por trás de tudo aquilo que se ouve, e de vez em quando eu "vejo com os ouvidos" parte dessa imensa música. Por exemplo, nas gravações do Claire Fischer, do Chick Corea, do Herbie hancock, do Hermeto Pascoal, do Debussy, e do Dominguinhos. Ainda bem que temos esse gênio maior ainda conosco, para podermos contemplar aquilo que de melhor ele pode nos oferecer.

Então, nesta bela tarde de sexta-feira, Seu Domingos, você está sendo a atração por aqui em casa. Músicas como: "Segura as Calças", "Te cuida, Jacaré" e outras, são verdadeiras obras-de-arte. Maravilha de Deus que encantam nossos ouvidos!

Olha, eu gosto muito e admiro sanfoneiros geniais como o Richard Galliano, o Frank Morroco, e outros. Mas cês dão licença que Dominguinhos ainda é talvez o maior acordeonista do mundo. Esse negócio de rotular alguém de maior e melhor é sempre perigoso, mas digamos que Richard Galliano e Dominguinhos são meus dois grandes ídolos, e não vamos esquecer também do "papa" Art van Damme, do Toots Thielemans na gaita, e o grande Chiquinho do Acordeon. Pra mim, acordeonista tem que ter muita harmonia. To cansado de sanfoneiro "peba" que não tem harmonia, so tem técnica, velocidade. Em Fortaleza tá cheio deles. Até de duplas. Mas eu prefiro mesmo é gente que sabe tocar bonito e que tem balanço, swing... coisa assim pra Dominguinhos, Sivuca, e Hermeto, quando toca sanfona.

Bom, agora que eu já registrei aqui a minha pequena nota, vou voltando ali para o som empenadíssimo do Dominguinhos. Depois eu postarei algumas dessas músicas no "Diário de Bordo" pra vocês ouvirem...

Abraços,

Dihelson Mendonça

domingo, agosto 15, 2010

As coincidências - Nasci no mesmo dia do meu maior ídolo musical: Oscar Peterson


O Pianista canadense Oscar Peterson, condiderado um dos maiores expoentes do Jazz, foi a minha maior influência neste gênero musical, assim como o Chopin o foi na música Clássica. Fiquei muito surpreso depois, ao saber que o Peterson nasceu no mesmo dia em que nasci. Quando adolescente, eu costumava ouvir os discos dele por horas, memorizando acordes, e foi um verdadeiro tesouro encontrado por mim numa estante da SCAC - Sociedade de Cultura Artística do Crato, quando a maestrina Divani Cabral, por muita bondade, me emprestou uns discos do Oscar Peterson para eu gravar e ouvir. O meu mundo musical nunca mais foi o mesmo! - Daí que hoje, é meu aniversário e o do Oscar Peterson - 15 de Agosto. Quero fazer uma homenagem a meu grande mestre, postando aqui a sua biografia. Oscar, você É, FOI e sempre será "O CARA"...

Dihelson Mendonça

Oscar Emmanuel Peterson (Montreal, 15 de agosto de 1925 -- 23 de dezembro de 2007), foi um pianista de jazz canadense. Oscar Peterson é considerado por muitos críticos como um dos maiores pianistas de jazz de todos os tempos (Scott Yanow, 2004). Seus parceiros musicais mais constantes são os contrabaixistas Ray Brown e Niels-Henning Orsted Pedersen e os guitarristas Herb Ellis e Joe Pass.

Biografia

Começou a estudar trompete e piano com seu pai aos cinco anos de idade. Após uma tuberculose dedicou-se ao piano. Em 1944 participou da Johnny Holmes Orchestra, onde ele aprendeu composição e arranjo. Três anos mais tarde montou seu primeiro trio com Bert Brown e Frank Gariepy, com o qual se apresentava em concertos semanais na Alberta Lounge, onde Norman Granz o descobriu e o levou a tocar no Carnegie Hall. Em 1952 fundou um novo trio com o baixista Ray Brown e o guitarrista Barney Kessel, que foi substituido por Herb Ellis um ano mais tarde.

A partir da metade dos anos 50 fez inúmeras apresentações e concertos com grandes nomes do jazz tais como Ella Fitzgerald, Billie Holiday, Carmen McRae, Louis Armstrong, Lester Young, Count Basie, Charlie Parker, Quincy Jones, Stan Getz, Coleman Hawkins, Dizzy Gillespie, Roy Eldridge, Clark Terry, Freddie Hubbard e com o Modern Jazz Quartet. Na metade dos anos 70 Ray Brown saiu do trio e foi substituido pelo baixista dinamarquês Niels-Henning Ørsted Pedersen. Em 1993 Peterson sofreu um derrame que deixou paralisado seu lado esquerdo por dois anos. Se recuperou e continuou tocando de modo limitado. Em 1997 ganhou um Grammy pela sua obra e foi premiado pela International Jazz Hall of Fame.

Em 2003 Peterson gravou o DVD A Night in Vienna pelo selo Verve, onde vemos que a idade avançada já o limita. Apesar de ter perdido um pouco seu charme, Oscar Peterson continuou fazendo apresentações nos Estados Unidos e Europa poucos meses antes de sua morte. No entanto, devido à saúde debilitada, teve que cancelar sua apresentação no Toronto Jazz Festival 2007 e não pôde comparecer no dia 8 de junho a um espetáculo em sua homenagem no Carnegie Hall . Sua última formação o trazia acompanhado de Ulf Wakenius (guitarra), David Young (contrabaixo) e Alvin Queens (percussão). O pianista canadense, uma das grandes lendas do instrumento no jazz, morreu em 23 de dezembro de 2007, de insuficiência renal. Ele tinha 82 anos.

Prêmios

Oscar recebeu sete Grammy entre 1974 e 1991 e entrou para o Canadian Music Hall of Fame em 1978. Recebeu ainda o Roy Thomson Award (1987), a Toronto Arts Award for lifetime achievement (1991), o Governor General's Performing Arts Award (1992), o Glenn Gould Prize (1993), o prêmio da International Society for Performing Artists (1995), a medalha Loyola Medal of Concordia University (1997), o prêmio Imperiale World Art Award (1999), o prêmio de música da UNESCO (2000), e o Toronto Musicians' Association Musician of the Year Award (2001). Em 1999, a Universidade Concórdia de Montreal renomeou seu campus para Oscar Peterson Concert Hall em sua honra.

Fonte: Wikipedia

sábado, agosto 14, 2010

Tantas Lembranças...

Eu gostaria de ter mais tempo, para poder escrever aqui as minhas memórias. E pretndo escrever ainda. Eu vivi tantas coisas lindas que eu gostaria de compartilhar, mas o meu trabalho noite e dia no Blog do Crato e na Prefeitura já me tomam tempo demais. Sou uma pessoa hoje permanentemente cansada e estressada. Durmo pouco, e sempre há muito o que fazer. Mas eu não me arrependo de nada em minha vida. Gostaria apenas que o dia tivesse 30 horas ou mais, para que eu pudesse dar vazão a tantas idéias, tantas coisas que ainda quero realizar. Hoje em dia eu mantenho a Rádio Chapada do Araripe Internet, o Blog, as Fotografias ( todo dia ), e os trabalhos ( a Assessoria de Imprensa e a Música ), e isso é muito cansativo.

Quantas madrugadas eu acordo, inspirado e lembrando de coisas da minha infância, e gostaria de ter alguma gota de energia escondida, para ligar o computador e poder escrevê-las todas...

Na verdade, quem me lê e vê, pensa que eu fui um garoto da cidade. Longe disso! Minha infância aconteceu em muitas cidades. Morei em Farias Brito, onde me entendi de gente. Morei em Fortaleza e em São Paulo, onde conheci o mundo.

Mas tive a sorte de que grande parte da infância eu passei em Farias Brito, cidadezinha do interior, onde a luz elétrica era um luxo. Cresci correndo nos matos procurando passarinhos. Andava com gaiolas, era conhecido como "o menino das gaiolas", porque sempre carregava uma gaiola comigo. Conhecia muitos pássaros, e colecionava muitos deles. Acordava com o canto dos pássaros e olhando a Serra do Quincuncá e seu cume cheio de névoas no inverno. Atravessava o Rio na Canoa de "Seu Beija", e no tum tum do meu avô. Adorava ir nos dias de chuva deixar a comida dos trabalhadores da roça, atravessando as roças de caieiras que queimavam tijolos, levando marmitas, enquanto ouvia o barulho dos sapos na beira do rio. À noite, na luz dos candeeiros, éramos agraciados com centenas de vagalumes, em casa de piso batido. Ah! meus doces avós...gente tão linda e honesta! Cresci adorando o conhecimento, devorando todo livro que encontrava. Meu avô foi sempre um grande estimulador do conhecimento, e me ensinou muitas coisas, inclusive a tocar violão.

Mas enfim, são tantas histórias pra contar, que nesses poucos minutos em que espero a comida esquentar aliJustificar no microondas, eu resolvi passar por aqui e compartilhar um pouco dessas minhas lembranças no meu Blog particular.

Abraços a todos.

Dihelson Mendonça

quinta-feira, agosto 12, 2010

domingo, agosto 01, 2010

Pessoas Especiais - Por: Dihelson Mendonça




"Há pessoas que não possuem o dom de fazer poemas belíssimos, daqueles que a todos encantam, dignas de entrarem para as academias de letras...

Há pessoas que nunca escreveram um livro, uma crônica, uma página, ou sequer sabem escrever...

Há pessoas que não são cientistas, daqueles capazes de lançar naves interplanetárias para levar o homem aonde nunca ninguém jamais estêve...

Há pessoas que não possuem o dom da oratória, de falar em público, de convencer, de arrebanhar multidões...

Há pessoas que não são fortalezas intransponíveis, onde os navios se esmagariam quais rochedos no mar...

Há pessoas que não possuem o dom de prever o futuro, de guiar outros, ou de curá-los...

Há pessoas que não são experts na natureza humana, não conhecem a sua psicologia, não possuem formação acadêmica, nunca leram Freud, nem qualquer outra filosofia...

Há pessoas que não têm o dom das artes, não sabem cantar, tocar um instrumento, pintar, esculpir, ou qualquer forma de arte humana...

Há pessoas que não conseguem controlar seus próprios instintos, seus impulsos, errando sempre e tentando acertar, galgando com grande dificuldade terrenos íngremes, aonde os grandes mestres percorreram de forma simples...

Há pessoas que se abalam por qualquer coisa, são frágeis e dependentes...

Mas essas pessoas, que aos olhos mundanos não possuem qualquer qualidade sobrehumana, muitas vezes possuem dentro do seu coração o maior de todos os dons: O Dom do Amor. O Dom de transformar a vida dos outros ao seu redor, dando-lhes conforto, contentamento e mesmo não realizando grandes proezas, fornece toda a base para que outros as possam realizar, e que sem sua ajuda, seria impossível...

São essas pessoas especiais, que com seu amor, carinho e dedicação, moldam o mundo moderno, que necessita cada vez menos de "Gênios", de "Einsteins", e precisa cada vez mais de pessoas solidárias e capazes de praticar o Bem, o Amor e trazer a verdadeira PAZ ao Mundo.

Essas SIM, são pessoas verdadeiramente especiais e necessárias ao mundo moderno"

Por: Dihelson Mendonça

sábado, julho 31, 2010

Pensamento - Dia 31 de julho de 2010


"A
qui é meu repouso, meu refugio, meu túmulo. Aqui é aonde posso acreditar piamente nas loucuras que crio para minha mente tonta, e rir gostosa e descaradamente da tolice e mediocridade dos meus contemporâneos, que se consideram gênios, artistas, poetas, músicos...oh! you name it!. Aqui é sobretudo, onde posso exercer, alhures aos olhos mundanos, toda a plenitude da insignificância do meu ser, e repousar confortavelmente sob os galhos da floresta da Arte, sinceridade que contorna tão bem a silhueta daquilo que somos, molda-nos a alma e como métrica divina, revela inexoravelmente toda a pequenez dos homens!"

Dihelson Mendonça

quarta-feira, julho 28, 2010

VITROLA VIRTUAL- Benny Goodman - Sing Sing Sing


RÁDIO CHAPADA DO ARARIPE

www.radiochapadadoararipe.com


Acima: Um dos clássicos do Jazz, na interpretação da grande orquestra de Benny Goodman, "Sing Sing Sing" - Participação do baterista Gene Krupa. Para evitar ouvir 2 sons ao mesmo tempo, pare antes o player da Rádio Chapada do Araripe, na entrada do Blog do Crato, canto superior direito.

Hoje no VITROLA VIRTUAL, trazemos um dos clássicos do Jazz, a música "Sing Sing Sing" de um dos maiores clarinetistas da História, Benny Goodman. Goodman, juntamente com Artie Shaw são considerados os maiores nomes do clarinete no Jazz. Pegue seu par e dance ao som da grande orquestra do Benny Goodman, como se fazia nos anos 40 e 50, ao som de Sing Sing Sing... Ouça essa e outras melodias imortais no programa Noite Cultural da Rádio Chapada do Araripe internet - Sempre a partir da meia-noite. www.radiochapadadoararipe.com

Benjamin David Goodman era filho de um alfaiate e sua família tinha poucos recursos. Começou seus estudos musicais na sinagoga que freqüentava e na Hull House. Menino prodígio, fez sua primeira apresentação aos 12 anos, no Teatro Central Park de Chicago, e logo passou a tocar com músicos adultos. Goodman estudou clarineta desde cedo, tendo formação musical clássica na época em que Chicago entrava na era do jazz, vindo de New Orleans. Em 1926, aos 16 anos, juntou-se à banda do baterista Ben Pollack, fundada dois anos antes, e com ela fez seu primeiro disco.

No início dos anos 1930, passou a participar de gravações com diversos grupos de jazz, entre os quais os de Red Nichols, Joe Venuti-Eddie Lang e Jack Teagarden, até poder formar a sua própria orquestra, em 1934. Um programa de rádio divulgou a orquestra, que se tornou muito popular, sobretudo depois do sucesso obtido na apresentação no Palomar Ballroom de Los Angeles, em 1935, e no Congress Hotel de Chicago, entre 1935e 1936. Goodman, com estilo, precisão e inventividade, foi reconhecido como O Rei do Swing e o mais genial clarinetista de todos os tempos. Sua fama não demorou a correr o mundo, iniciando a Era do Swing, que se estenderia por dez anos. Sua orquestra foi o primeiro grupo de jazz a se apresentar em público integrando músicos brancos e negros (Teddy Wilson, Lionel Hampton, Cootie Williams e Charlie Christian). No dia 16 de janeiro de 1938, Benny Goodman e sua orquestra foram consagrados no histórico concerto realizado e gravado no Carnegie Hall de Nova York. Nos anos 1930 e 1940, Goodman ajudou a projetar, além dos já citados, solistas como Harry James (trompete), Georgie Auld (sax tenor) e Jess Stacy (piano).

Sua orquestra tornou-se, em 1962, a primeira jazz band norte-americana a visitar a União Soviética. Como não podia deixar de acontecer, sua clarineta e sua orquestra seriam requisitadas pelo cinema, em vários filmes, como "Folia a Bordo" (1937), "Hotel de Hollywood" (1938), "Cavalgada de Melodias" (1941), "Noivas de Tio Sam" (1943), "Música, Maestro" (1946), entre outros, como "Entre a Loura e a Morena" (1943), com Carmem Miranda.

A história de sua vida foi contada no filme "The Benny Goodman Story", com Steve Allen como Goodman, e o clarinetista atuando na trilha sonora. Após 1945, Goodman limitou-se a tocar em grupos pequenos, além de ter atuado em orquestras clássicas como solista. Por motivo de doença, de 1970 a 1985 faz um intervalo em sua atividade artística. Sua volta se deu no Kool Jazz Festival de Nova York, vindo a falecer pouco depois.

Fontes adicionais: Uol

terça-feira, julho 20, 2010

ATENÇÃO - Não Perca !!! - Quinta-Feira dia 22 de Julho - CONCERTO - Dihelson Mendonça - O Dom da Música - Teatro Rachel de Queiroz - Crato - CE



Concerto de Piano 400 - Dihelson Mendonça

Em uma carreira musical de mais de 30 anos devotada à música, e considerado um dos grandes pianistas Brasileiros, o tecladista/arranjador/compositor Dihelson Mendonca, nascido em Crato-CE em 1966, já demonstrou o seu talento, tocando lado a lado com os maiores nomes da música Instrumental brasileira, tais como: Hermeto Pascoal, Gilson Peranzzetta, Mauro Senise, Arismar do Espírito Santo, Luciano Franco, Toninho Horta, Vinícius Dorin (Saxofonista), André Marques, Itiberê Swarg (Baixista) , Márcio Bahia (Baterista), Beto Batera ( Irmão do Carlos Bala - baterista ), Carlinhos Patriolino, Márcio Resende, Nenê (Baterista), Fátima Santos (cantora), Lia Chaves (cantora), João Senna ( Sax ), Ricardo Júnior (Pianista e Arranjador da cantora Dóris Monteiro), Cleivan Paiva (Guitarrista com quem mantém um dueto de Jazz), dentre muitos outros. Enormemente aclamado por onde tem passado, Dihelson Mendonca possui um estilo eclético e virtuoso, que de imediato cativa a platéia. Compositor de cunho erudito e profundo pesquisador da música pianística, considera-se principalmente um pianista de Jazz, embora em seus concertos, execute frequentemente obras eruditas, de Bach à Stravinsky, e em especial, Frederic Chopin.

FORMAÇÃO MUSICAL

Dihelson Mendonça iniciou seus estudos de piano clássico na Sociedade de Cultura Artística de Crato-CE ( SCAC ), com a professora Diana Pierre no início dos anos 80. Com raro talento, dsenvolveu rapidamente, e aprendeu a tocar em apenas 3 anos de estudo, peças de enorme dificuldade técnica. Concentrou-se nos românticos, principalmente Chopin. A descoberta do Jazz deu-se por essa época, (1982) ao descobrir por um acaso, um disco do pianista Oscar Peterson, gravado pela “Rádio Canadá Internacional”. “Depois disso nada foi como antes!”, afirma o músico. Em seguida iniciou-se uma grande peregrinação para compreender a sua nova paixão: O JAZZ ! Pelo fato de em sua cidade natal as possibilidades de estudo de Jazz eram escassas, resolveu estudar por conta própria todo o tipo de material relacionado ao estilo, desde trascrições que fazia à partir de discos e fitas, a livros variados e revistas sobre Jazz, como a DownBeat.

Por volta de 1984, chegou a cursar a Universidade Federal da Paraíba, no curso de Engenharia Eletrônica em Campina Grande, mas, o seu amor pela música tocou mais alto, e Dihelson abandonou sua futura carreira de Engenheiro Eletrônico para se dedicar exclusivamente ao Piano. Nessa época, já com sólido embasamento musical e sob influência de músicos modernos como Chick Corea, Bill Evans e Keith Jarrett, formou com o guitarrista paraibano Jocel Fechine e mais quatro integrantes, o seu primeiro sexteto, do qual participaram alguns dos maiores nomes do Jazz do nordeste: Jocel Fechine à guitarra, Fernando Rangel baixista ( músico renomado, e hoje, integrante do grupo Contrabanda do Recife), Fernando trompete, Sérgio Manfredo ao Saxofone, e o grande baterista Giovanni. Esse grupo foi a "sensação" do departamento de Artes DART da UFPB em Campina Grande em 1985/86 onde realizava seus periódicos concertos.

Ainda por essa época, assombrou os alunos da Universidade Federal da Paraíba em João Pessoa, ao se apresentar com o guitarrista Jocel Fechine num concerto-surpresa. Em Campina Grande, estudou com diversos professores, dentre eles, o Prof. Otávio, que havia sido aluno do grande gênio francês Pierre Boulez, considerado um dos pilares da música moderna do século XX.

À partir de 1986 , abandonou de vez a Universidade e tornou-se autodidata, por achar que as universidades brasileiras não continham o estudo musical de que necessitava. Tratou de continuar a sua peregrinacão intensa por livros, discos, e toda espécie de material de pesquisa de Jazz e música contemporânea que persiste até os dias de hoje. Ainda em 1986, firmou seu “Quartel-General” em Crato, sua terra natal, onde formou o primeiro grupo da região especialmente dedicado ao Jazz: O "Cariri Samba-Jazz Quartet" que foi motivo de várias entrevistas em diversos jornais e revistas cearenses. Após o "CSJQ", Dihelson Mendonça se concentrou em seu aperfeiçoamento musical, como professor de Piano, Harmonia de Jazz e improvisação na “Sociedade de Cultura artística de Crato” (SCAC), em 1987, além de gravações em estúdio. No entanto, nunca interrompeu as suas apresentações para convidados seletos que apreciam a música clássica, ou em festivais de MPB, desde Manaus, a Porto Alegre, onde, em 1991, por ocasião do Festival Nacional dos Economiários, participando como arranjador numa música da autoria de Pachelly Jamacaru, o fez ganhar o prêmio de melhor arranjo do festival. Em Porto Alegre, se apresentou informalmente na conceituada sala Tom Jobim, para um público seleto, que o aplaudiu veementemente, então com 24 anos de idade. Em 1989, apresentou-se em Fortaleza com os excelentes músicos Brasileiros Gilson Peranzzetta, e Mauro Senise, que já lhe advertiam de que deveria deixar o Ceará o quanto antes e fazer vôos mais altos, coisa que sempre recusou a fazer.

INFLUÊNCIAS

Dihelson Mendonça diz que tudo lhe serve de influência, de Bach à Hermeto Pascoal, passando até pelos “Irmãos Aniceto” (grupo de pífaros local), mas, é inegável que se ouve em sua música um forte sotaque de Chopin, Liszt, Ernesto Nazareth e até Stravinsky. Ainda devem ser mencionados como principais influências os músicos: Chick Corea, Bill Evans, Herbie Hancock, Keith Jarrett, Claire Fischer, Hermeto Pascoal e Debussy, dentre muitos outros.

O ARRANJADOR:

À partir de 1986 começou a se dedicar ao trabalho de arranjador, tendo trabalhado em dezenas de CDs. Produziu e dirigiu todos os CDs do também artista cratense Pachelly Jamacaru. Foi o diretor musical de inúmeros shows locais, tais como "Soy Loco por Ti América Latina" de Luiz Carlos Salatiel, que teve grande impacto de público e de crítica. Em 1997 foi a Nova York, numa espécie de peregrinação musical, onde tratou de contactar grandes nomes do Jazz, e chegou a fazer amizade com o grande pianista da República Dominicana, Michel Camilo, considerado um dos maiores pianistas de Latin-Jazz da atualidade, além de contactar o grande saxofonista Joe Henderson, e o legendário pianista de Jazz Mccoy Tyner. Ainda em 1997, formou um grupo de Jazz com o baterista fortalezense Denilson Lopes, e o contrabaixista Jerônimo Neto.

Dihelson Mendonça já integrou por diversas vezes grupos que se apresentaram no projeto "BEC - Seis e Meia" em Fortaleza, bem como promoveu WorkShop de Piano-Jazz realizado na UECE (Universidade Estadual do Ceará) em 1998. Em 1999, montou seu próprio estúdio de gravações profissionais na região do Cariri cearense, o DMSTUDIO, que é ponto de referência nas gravações de teor cultural da região. Também como arranjador, trabalhou como diretor musical e arranjador do segundo CD do compositor Pachelly Jamacaru em 1999.

GUARAMIRANGA & CIA

Participou por diversas vezes do “FESTIVAL DE JAZZ & BLUES de GUARAMIRANGA”, muitas vezes com seu próprio grupo, do qual figuraram nomes como: Luizinho Duarte (baterista do grupo Marimbanda), “David Alexander Krebs” o “Alemão”, Ricardo Leite (baixista), Denilson Lopes, Jerônimo Neto, e também como integrante de grupos de diversos artistas locais de renome, tais como Márcio Resende (Sax), e Luciano Franco (baixista, e compositor). Também, no mesmo festival, tocou no show de Toninho Horta e Arismar do Espírito Santo, onde fez uma das mais aclamadas apresentações na história do festival. Em 2001/2002 Dihelson trabalhou em diversos projetos de CDs de outros artistas, inúmeras apresentações com os novos duetos com o saxofonista Márcio Resende, o grande bandolinista Carlinhos Patriolino, e o promissor saxofonista Felipe Oliveira, além de trabalhar em suas próprias composições e projetos.

Em 2003, entrou num processo de reclusão e pesquisa, para se dedicar exclusivamente à composição e ao aperfeiçoamento pianístico. Adquiriu grande quantidade de partituras da literatura pianística universal e se dedicou à pesquisa, ao estudo, e à escrita musical. Em setembro de 2003 realizou um grande projeto: voltou ao palco e se apresentou no CCBN (Centro cultural Banco do Nordeste) , em Fortaleza - CE, executando exclusivamente obras de FREDERIC CHOPIN. No Ano Anterior, havia se apresentado no mesmo local, com um tributo ao gênio Hermeto Pascoal, e ainda no mesmo local, em Setembro de 2004 fez grande apresentação com seu "Tributo à BILL EVANS", apresentando os grandes "hits" do grande gênio do Jazz Piano. Ainda em Fevereiro de 2004 se Apresentou pela 5a vez no Festival de Jazz de Guaramiranga, desta feita com uma superbanda em "Tributo à Chick Corea". Ganhou o prêmio Nelson's em 2003 de Melhor Tecladista do Ano! - Tem se apresentado regularmente pelo Centro Cultural Banco do Nordeste em numerosos concertos, bem como do SESC.

O COMPOSITOR

Como compositor, Dihelson Mendonça é bastante eclético: possui mais de 150 composições Jazzísticas e populares (Sambas, Choros, Bossas, Baiões, Frevos ), e muitas parcerias com outros compositores, tais como Haroldo Ribeiro, e Luciano Franco, e tem se dedicado também ao campo erudito, tendo já composto várias peças nesse sentido, que vão desde estudos para piano, prelúdios, valsas, choros, e peças de caráter improvisatório a serem publicados. Neste específico setor, suas influências principais são: Bach, Bartok, Liszt, Stravinsky, Beethoven, Chopin,e Debussy. Também tem se dedicado a um enorme projeto chamado "Projeto Chopin", já em andamento , que consiste numa série de Concertos apresentando diversas das principais peças do compositor polonês juntamente com suas próprias composições e “paráfrases” , ao final da qual, pretende registrar em CD; Nas suas próprias palavras, “Sou pianista de Jazz por opção, mas também, sou um músico erudito de coração, e creio que os dois estilos para mim, se complementam. O músico nunca será completo sem conhecer e compreender as raízes da música e/ou as suas vertentes”.

2009 – Dihelson Mendonça acaba de gravar com patrocínio exclusivo do Banco do Nordeste, o seu primeiro CD Autoral intitulado “A Busca da Perfeição”.

REFERÊNCIAS:

“O Dihelson, é um “cabra danado”, improvisa pra “danar”, é o repentista dos Teclados!”

Hermeto Pascoal

“O Dihelson Mendonça está entre os 10 (ou 5) melhores pianistas do Brasil. Sou seu fã.”

Vinícius Dorin – Saxofonista. Hermeto pascoal

“Ele (Dihelson) , está pronto pra tocar em qualquer lugar do Mundo!! “

Wilson Curia – Pianista e Prof. Música. ( considerado Um mestre dos Pianistas Brasileiros )

“Um dos maiores músicos do mundo”

Cleivan Paiva

“Um dos maiores músicos com quem já toquei”

Márcio Resende - Saxofonista

“O Dihelson toca legal pra caramba!”

Arismar do Espírito Santo – Músico.

“Ele toca Jazz como os nativos tocam...”

Edison Távora – Tecladista

“O maior músico do Ceará”

Haroldo Ribeiro - Compositor

CONTATOS:
Visite os websites oficiais:
www.dihelson.com
www.dihelson.blogspot.com

SERVIÇO: O Concerto para Piano "O Dom da Música", de Dihelson Mendonça, faz parte das comemorações do lançamento do Livro "Cariricaturas em Verso e Prosa", da revista eletrônica Cariricaturas, que se estende do dia 22 ao dia 24 de Julho em Crato.

No Repertório, peças de Bach, Mozart, Chopin, Beethoven, Pixinguinha, Zequinha de Abreu, além de Composições e Arranjos do próprio artista sobre temas populares, consagrados pelo público.

Local do Concerto: Teatro Rachel de Queiroz - Crato - CE
Data: 22 de Julho, Quinta-Feira, 20 horas
Entrada Franca

sexta-feira, julho 09, 2010

A minha Homenagem ao Dia da Fotografia - Dihelson Mendonça


Cardo - Dihelson Mendonça


Crato - Igreja da Sé - Dihelson Mendonça



Estampa - Dihelson Mendonça



Busto - Dihelson Mendonça


Fotos: Dihelson Mendonça
Proibida a Reprodução e Utilização sem a Autorização do Autor

sexta-feira, julho 02, 2010

Minha Paixão - Dihelson Mendonça


Minha paixão é selvagem!
Devoro pianos do café da manhã ao jantar.
O seu aroma amadeirado me é como o leite materno, com calda de caramelo...

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A minha paixão não tem limites. É nele que eu sinto toda a minha alma estremecer, vibrar, ser ela mesma, sem disfarces, sem máscaras...

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É aquele que carrega as minhas dores, as alegrias...

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Sobre um sustentáculo de magia e encantamento

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A minha paixão tem seus caprichos e suas sombras que me confortam, e cubro-me com as suas 88 asas de puro marfim desgastado pelo tempo.

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O universo é infinito entre duas cordas, entre duas cravelhas, entre duas teclas pretas e brancas

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Ali é que derramo o sumo das minhas dores mais profundas e meus sonhos incorruptíveis

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Um universo de possibilidades a que estou bastante familiarizado. Nele a música se faz luva sob minhas mãos

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E não há dentro e fora do meu ser, coisa mais pura e perfeita que a música, alimento da alma, suco da vida, luz na escuridão.

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Afagar as teclas, deslizando os dedos sonoros entre um "Sol" e um "La", sentir a vibração da madeira, o cheiro macio dos feltros, a aridez das cordas graves, e o som arranhado da fechadura fazem tão parte de mim, como o fígado ou o coração. Onde estiver um piano, ali estará a minha morada, o meu berço, o meu leito, a minha alma, o meu túmulo !

Texto e Fotos: Dihelson Mendonça
Proibida a Reprodução, Uso e Utilização sem a autorização do autor.

Dedicado a J. S. Bach, Haendel, Haydn, Scarlatti, Cristofori, Mozart, Beethoven, Schubert, Chopin, Mendelssohn, Franz Liszt, Robert Schumann, Clara Schumann, Wagner, Tchaikovsky, Scriabin, Rachmaninov, Fauré, Debussy, Shostakovich, Moritz Moskowski, Cesar Franck, Ravel, Boulez, Prokofiev, Stravinsky, Bartok, Jelly Roll Morton, Fats Waller, Art Tatum, Bud Powell, Horace Silver, Bill Evans, Thelonius Monk, Herbie Hancock, Keith Jarrett, Chick Corea, Gonzalo Rubalcaba, Michel Camilo, Makoto Ozone.