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sexta-feira, outubro 23, 2009

Dihelson Mendonça interpreta Franz Liszt ao Piano - Rhapsódia Húngara # 15

22 de Outubro - Aniversário de Franz Liszt - Homenagem

Em 22 de Outubro de 1811 em Raiding, Hungria, nascia o maior pianista de todos os tempos: Franz Liszt. A homenagem que eu quero fazer a liszt hoje é tocar uma de suas principais peças: A Rhapsódia Húngara Número 15, mais conhecida como Marcha Racokzi. Na verdade, essa composição deriva de uma composição tradicional na Hungria, assim como a maioria das suas Rhapsódias. O termo rhapsódia em música, se refere a uma obra contendo partes de outras peças. Liszt compôs 19 rhapsódias húngaras. Com o tempo, eu irei falando aqui no Blog sobre a vida e a obra desse extraordinário músico. Na minha opinião, na música, um dos maiores gênios da humanidade. E como ser humano, um dos raros. Ajudou praticamente todos os seus colegas contemporâneos, de Chopin, a Schumann, e foi ele quem estendeu a mão e projetou Richard Wagner. Os seus poemas sinfônicos, especialmente Les Preludes são magistrais. Afora isso, conta com mais de 700 peças, que foram gravadas recentemente pelo pianista inglês Leslie Howard. Na minha homenagem a Liszt, toco a Rapsódia Húngara # 19, gravada por ocasião de um concerto no Centro Cultural Banco do Nordeste, em Fortaleza, muitos anos atrás, e com um teclado digital ( aliás, que falta faz um piano "de verdade" para encorpar e dar dimensão a essas interpretações ).

Clique no Player abaixo ( pause antes o player da Rádio Chapada do Araripe ):



Franz Liszt (pronuncia-se Lisst), em húngaro Liszt Ferenc, (Raiding, Boêmia, 22 de outubro de 1811 — Bayreuth, 31 de julho de 1886) foi um compositor e pianista teuto-húngaro do Romantismo. Liszt foi famoso pela genialidade de sua obra, pelas suas revoluções ao estilo musical da época e por ter elevado o virtuosismo pianístico a níveis nunca antes imaginados. Ainda hoje é considerado um dos maiores pianistas de todos os tempos, em especial pela contribuição que deu ao desenvolvimento da técnica do instrumento. Franz Liszt nasceu em 22 de outubro de 1811 no vilarejo de Raiding (em húngaro: Doborján) no Reino da Hungria (então no Império Habsburgo, hoje parte da Áustria), no comitato de Oedenburg (em húngaro: Sopron). Foi batizado em latim com o nome "Franciscus", mas seus amigos mais próximos sempre o chamaram de "Franz", a versão alemã de seu nome. Era chamado de "François" em francês, "Ferenc", "Ferencz" ou "Ferentz" em húngaro; no seu passaporte húngaro de 1874, o nome registrado era "Dr. Liszt Ferencz". Seus pais eram Adam e Anna Maria Liszt.

Liszt cresceu em Raiding, parte de Burgenland. A língua tradicional daquela região era alemão, e apenas uma minoria sabia falar húngaro. Oficialmente, latim era utilizado. Seu pai, Adam Liszt, tivera aulas em húngaro no ginásio de Pressburg (agora Bratislava, capital da Eslováquia), mas ele não aprendeu quase nada nelas e sempre tinha notas terríveis. Apenas a partir de 1835 as crianças de Raiding passaram a ter aulas de húngaro na escola. O próprio Liszt era fluente em alemão, italiano e francês; também tinha um pequeno domínio de inglês, mas seu húngaro era muito precário. Nos anos 70, quando todos os habitantes da Hungria foram forçados a aprender húngaro, Liszt tentou aprendê-lo, mas desistiu depois de algumas aulas. A nacionalidade de Liszt foi causa de muita intriga e discussão. De acordo com pesquisas, seu bisavô, Sebastian List (o pai de Liszt acrescentou a letra "z" ao sobrenome da família, e esta versão foi adotada pelo avô de Liszt), era um alemão que resolveu morar na Hungria no Séc.XVIII. Como a nacionalidade de uma pessoa nascida na Hungria na época era herdada, seu avô e seu pai, Georg List e Adam List também seriam alemães. Seguindo este raciocínio, Liszt também deveria ser considerado alemão. A mãe de Liszt era austríaca, e a cidade de Liszt hoje pertence à Áustria.

Hoje, ele é considerado alemão por algumas pessoas, mas quando perguntado sobre sua nacionalidade, Liszt sempre respondia com orgulho que era húngaro, mesmo sem sequer falar a língua; durante toda sua vida usou seu passaporte húngaro para viajar. Este fato fez com que ainda hoje a maioria pense que ele era completamente húngaro.

Início da vida

Era sonho do próprio Adam Liszt se tornar músico. Estudara Piano, Violino, Guitarra e Violoncelo. No inverno entre 1797 e 1798, enquanto estudava Filosofia na Universidade de Pressburg, ele estudou instrumentação com Paul Wigler; infelizmente, devido à sua falta de recursos financeiros, teve de desistir dos estudos. Logo no dia 1 de janeiro de 1798, ele passou a trabalhar para o Príncipe Nikolaus II Esterházy. Entre 1805 e 1808, ele trabalhou em Einsenstadt, onde o Príncipe Esterházy (que vivia em Viena) tinha uma casa de férias com uma orquestra. Até 1804 essa orquestra foi regida por Franz Joseph Haydn, e a partir desta data até 1811, por Johann Nepomuk Hummel. Em várias ocasiões, Adam Liszt tocou nela como segundo Violoncelista. Em 13 de setembro de 1807, a orquestra executou a Missa em Dó Maior de Ludwig van Beethoven, regida pelo próprio. Adam Liszt conhecia Haydn, Hummel e Beethoven. Para ele, os vienenses clássicos haviam atingido o nível de musicalidade mais alto.

O próprio Liszt, quando adulto e artisticamente maduro, freqüentemente falava que as experiências musicais mais importantes de sua infância foram as performances de artistas ciganos. Porém, o repertório que ele teve de estudar no Piano era bem diferente da música dos ciganos. Uma carta de 13 de abril de 1820 de Adam Liszt para o Príncipe Esterházy diz que ele comprou cerca de 8800 páginas de partituras dos maiores mestres da música. Durante os 22 meses que se seguiram, Liszt já havia estudado as obras mais tecnicamente complexas de Johann Sebastian Bach, Wolfgang Amadeus Mozart, Beethoven, Hummel, Muzio Clementi, Johann Baptist Cramer, dentre outros. Já que o garoto já havia ficado doente várias vezes, é impressionante saber que ele tocou todas estas obras, mas ele havia começado no verão de 1818, mais ou menos com sete anos. Progrediu extraordinariamente rápido. Em outubro de 1820, no velho cassino de Ödenburg, ele participiu de um concerto do Violinista Baron van Praun, este também um prodígio. Na segunda parte do Concerto, Liszt tocou um Concerto em Mi Bemol Maior de Ferdinand Ries, e uma improvisação dele mesmo, com muito sucesso.

Em novembro de 1820, Adam Liszt teve uma oportunidade ainda maior de mostrar ao público o dom de seu filho. Em Pressburg, a Dieta se encontrou pela primeira vez após um rompimento de 13 anos. Em 26 de novembro, Liszt deu um concerto para uma platéia de aristocratas e membros da alta sociedade. Um grupo de magnatas assegurou um pagamento anual de 600 Gulden durante seis anos para que o garoto pudesse estudar no exterior.

Adam Liszt já havia pedido ajuda ao Príncipe Esterházy em 4 de agosto de 1819 para educar seu filho. Nessa petição, ele estimou um gasto anual que ficaria entre 1300 e 1500 Gulden. Ele não esperava que o Príncipe fosse pagar essa quantia, mas também pediu uma posição em Viena. Assim, Adam poderia ganhar dinheiro por conta própria enquanto seu filho teria aulas com um grande mestre do Piano. A petição foi apoiada por Hofrat Johann von Szentgály, um oficial. Mas como não havia vagas para o trabalho em Viena, a petição foi negada pelo Príncipe. Os 600 Gulden oferecidos pelos magnatas em novembro de 1820 eram insignificantes comparados aos gastos de 1500 Gulden anuais. Nada aconteceu pelo próximo um ano e meio. Em 6 de maio de 1822, Adam Liszt pediu em uma petição por um ano de ausência. Quando o Príncipe aceitou esta, Adam Liszt já havia vendido tudo que ele possuía em Raiding. Em 8 de maio de 1822, a família Liszt foi para Viena.

Acima: Foto do Pianista Dihelson Mendonça

Em Viena, o jovem Liszt freqüentou aulas de Piano com o grande Carl Czerny, que fora aluno de Beethoven em sua juventude. Czerny comentou em seu "Lebenserinnerungen" (Memoires) que ficou impressionado com o talento de Liszt ao Piano, mas que o garoto não tinha qualquer conhecimento de dedilhados apropriados, e seu jeito de tocar era caótico. Czerny, de primeira, mostrou a Liszt algumas das Sonatas mais fáceis de Clementi e mandou tocá-las. O garoto tocou-as sem qualquer dificuldade, mas não entendia que tinha de trabalhar nos detalhes da execução e da expressividade. O professor e seu aluno também tinham opiniões diferentes quanto a dedilhados usados para as obras tocadas. Há boatos de que o garoto em uma tentativa de escapar das odiadas aulas escreveu dedilhados complexos e difíceis para as obras e os mostrou ao seu pai, alegando que eles haviam sido escritos por Czerny. Havia se tornado "óbvio" que Czerny não tinha noção do que manda seus alunos fazerem, e Liszt deveria parar de ter aulas com ele. Após isso, Adam Liszt conversou com Czerny e seu filho, e as aulas prosseguiram.

Pouco depois, Liszt foi ouvido em círculos privados. Sua estréia em Viena foi em primeiro de dezembro de 1822, em um concerto na "Landständischer Saal". Liszt tocou um Concerto em Lá Menor de Hummel e também uma improvisação numa Ária da Ópera de Rossini "Zelmira" e também o Allegretto da 7ª Sinfonia de Beethoven. Em 13 de abril de 1823, ele deu um concerto famoso na "Kleiner Redoutensaal". Dessa vez, tocou um Concerto em Si Menor de Hummel, variações de Moscheles e uma improvisação dele mesmo. Diz uma lenda que Beethoven ficou tão impressionado com a técnica e o virtuosismo precoce do garoto que o parabenizou no palco, dando-lhe um beijo na testa. Porém, algumas fontes dizem que Beethoven nem sequer subiu ao palco, e alguns registros de Beethoven mostram que ele não compareceu ao concerto.

A partir de julho de 1822, Liszt passou a ter aulas de composição com Antonio Salieri. De acordo com uma carta de Salieri ao Príncipe Esterházy que data de 25 de agosto de 1822, até então ele havia introduzido o garoto a alguns elementos da teoria musical. Mais aulas viriam depois destas. Já que os admiradores do garoto o tratavam como um novo Mozart ou Beethoven, Salieri havia aceitado uma tarefa nada fácil.

Na primavera de 1823, quando o ano de ausência concedido a Adam Liszt estava chegando ao fim, Adam Liszt pediu em vão ao Príncipe mais dois anos. Adam mais tarde pediu demissão ao Príncipe, e no fim de abril de 1823, a família voltou pela última vez à Hungria. Liszt deu concertos em Peste nos dias 1 e 24 de maio. Também participou de concertos nos dias 10 e 17 de maio no "Königliches Städtisches Theater" e em 19 de maio na "vergnügliche Abendunterhaltung" (uma tarde entretiva de música). Neste último evento, Liszt tocou um arranjo para Piano da Marcha de Rackózy, algumas danças húngaras e peças de Csermák, Lavotta e Bihari. No fim do mês, a família voltou a Viena.

Principais Obras

* 19 Rapsódias Húngaras para Piano (posteriormente orquestradas);
* 12 Estudos de Execução Transcendental;
* Sonata em Si Menor;
* Sinfonia Fausto;
* Sinfonia Dante;
* Concerto para Piano Nº1;
* Valsa Mephisto Nº1

Foi o criador do Poema Sinfônico, muito popular no século XIX. No campo da música sacra, salienta-se as 4 oratórias, S. Isabel, S.Stanislaus(incompleta), Christus, e a vanguardista Via Crucis. Escreveu duas sinfonias, a Sinfonia Dante, inspirada na Divina Comédia de Dante Alighieri, e a Sinfonia Fausto, composta por diferentes quadros que caracterizam as personagens de Fausto, do escritor romantico alemão Goethe. Liszt também possui inúmeros lieder, e peças para música de camara, das quais se deve destacar as para violino e piano.

A sua Sonata em Si menor, apesar de não ter agradado a Johannes Brahms, que diz ter adormecido durante a sua execução, é provavelmente a obra maior do compositor húngaro. Também muito populares são suas rapsódias húngaras para piano. A Rapsódia n.2, a mais conhecida delas, tornou-se muito popular até como trilha sonora de desenhos animados.

Fonte adicional: Wikipedia

Por: Dihelson Mendonça

terça-feira, outubro 13, 2009

Maravilhosa versão de "Love for Sale" de Cole porter




Existem muitas versões do grande clássico do Jazz eternizado por Miles Davis naquelas seções de 1958. Mas eu estive aqui ouvindo meus discos e me deparei com uma versão recente que é puro sentimento. Com o grande, inigualável organista Joey DeFrancesco do seu álbum "Falling in Love Again". A cantora, também incrível, é um tanto desconhecida, mas que bela voz: Joe Doggs, e a turma toda é formada por:

Joey DeFrancesco (Hammond b-3 organ); Joe Doggs (vocals); Pat Martino, Ron Eschete, Kevin Eubanks (guitar); Ralph Moore, Red Holloway (tenor saxophone); Elijah Davis (trumpet); Jeff Hamilton, Byron Landham (drums); Ramon Banda (congas).

Vale a pena conferir no Player acima!

Dihelson Mendonça

ISLAMEY de Balakirev - Uma das peças mais difíceis, para piano.




Islamey, fantasia oriental, composta pelo compositor russo Mily Balakirev é uma peça geralmente considerada uma das de mais difícil execução para piano. Poucas pessoas no mundo conseguem tocar Islamey como ela deveria ser tocada, pois esbarram na sua imensa dificuldade técnica, e isso em si já é um grande empecilho para que se possa se ater à interpretação em si .Tenho ouvido Islamey com inúmeros pianistas, mas certas interpretações me chamam atenção.

Na minha opinião, a melhor delas é a do húngaro Cziffra. O grande pianista russo da modernidade Boris Berezowsky gravou Islamey, cuja interpretação chega a ser "quase" igual à do Gyorgy Cziffra. Outras interpretações recomendadas são as de Evgeny Kissin e Vladimir Horowitz.

O grande Franz Liszt, considerado o maior pianista de todos os tempos, em sua biografia, descreve em detalhes quando estava ensinando essa peça a um dos seus melhores alunos. Na verdade, Islamey tem muito do virtuosismo de Liszt, tão em moda pela sua total hegemonia ao piano e a influência que isso causou em outros compositores, inclusive aos seus rivais como Johhanes Brahms, quando este compôs as suas próprias variações sobre um tema de paganini, Liszt chegou a dizer "vejo que pelo menos alguma coisa de mim ficou em Brahms".

O certo é que a Europa sucumbia frente ao virtuosismo do grande húngaro, e Balakirev com certeza, sendo um dos grandes pianistas da rússia, sendo parte do famoso grupo dos 5, que mais representava a chamada escola russa, que se mostrava imersa num profundo nacionalismo do qual fazia parte também Aleksandr Borodin, César Cui, Modest Mussorgsky e Nikolai Rimsky-Korsakov, usou nessa peça para piano as suas grandes habilidades: O inegável sentimento da música russa, pois sente-se um prenúncio da sonoridade característica de um Tchaikovsky, que viria a seguir, porém sem abandonar os grandes princípios da música européia mais contemporânea, com traços de Chopin, Liszt e até Schumann.

Vamos conferir, na interpretação de atualíssimo Boris Berezowsky.


Acima: Foto do compositor russo Mily Balakirev

Por: Dihelson Mendonça
Pianista

segunda-feira, outubro 12, 2009

Dedico a vocês: Badinerie - De Johann Sebastian Bach


Que possamos elevar nosso espírito através da Grande Arte!





Estava aqui a sós ouvindo Badinerie, de Bach, nesta madrugada, e comecei a refletir sobre as grandes e belas coisas que deixamos para trás.

A
o postar "Badinerie" nesta manhã cinzenta de outubro, cerro meus olhos à toda Ignorância humana e me volto para os grandes valores que juntos conquistamos em milênios e que toda a ARTE simboliza. Dedico esta mostra da genialidade à grandeza do espirito humano. E torço para que o mundo um dia, possa se tornar um ambiente de Paz, de Amor, de Alegrias e de Fraternidade. Que nos desvencilhemos de toda injustiça, malícia, intemperança que jaz em nossos corações, e possamos preencher a grande lacuna com o amor, o único e verdadeiro tesouro do homem. Dedico esta peça à criança que existe dentro de todos nós, e a essa esperança de construir um mundo melhor. Faça um grande favor a si próprio: Ouça essa belíssima composição de Johann Sebastian Bach.


Dihelson Mendonça

sábado, outubro 03, 2009

Pensamento


"Muita gente nutre ódio por nós, apenas pelo simples fato de não terem conseguido nos sugar a última gota de sangue. Raramente alguém aparece para nos propor algo que não seja unicamente do seu próprio interesse e benefício. A vida já me ensinou que a cada 10 pessoas que batem à porta, 9 é de pessoas pedindo algum tipo de favor, e que eu seria uma espécie de "privilegiado", por ser a única pessoa do planeta capaz de resolver seus problemas."


Dihelson Mendonça