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sexta-feira, outubro 29, 2010

Conheça Alexander Scriabin - Um Gênio da Música


Alexander Nikolayevich Scriabin (em russo: Алекса́ндр Никола́евич Скря́бин) foi um compositor e pianista russo (Moscovo, 6 de Janeiro de 1872 - 27 de Abril de 1915). As suas principais influências foram Chopin e Richard Wagner.

De acordo com o calendário juliano, Scriabin nasceu no dia de Natal de 1871 de uma família aristocrática. Quanto tinha apenas um ano, a sua mãe, pianista de concerto, morreu vítima de tuberculose. Scriabin é entregue aos cuidados da avó e da tia, depois do pai partir para a Turquia. Desde cedo começa os seus estudos musicais com Nikolay Zverev, na altura mestre de Sergei Rachmaninoff e de outros talentos.

Scriabin ingressa posteriormente no Conservatório de Moscovo, estudando com Anton Arensky, Sergei Taneyev e Vasily Ilyich Safonov, demonstrando na altura um assinalável talento como pianista. É, porém, nesta altura que Scriabin lesiona gravemente a sua mão direita ao sentir-se desafiado por Josef Lhevinne, colega de conservatório que posteriormente se tornará um grande pianista. É neste momento que Scriabin compõe a sua primeira grande obra, a sonata em Fá menor, num acto que definiu como «um grito a Deus e ao Destino».

Foi casado com Vera Ivanova Isakovich, embora tenha preferido a companhia de Tatiana Fyodorovna, com quem teve um filho que acabou por morrer aos 11 anos, também ele um prodígio e notavelmente talentoso em várias artes. Scriabin interessava-se pelos trabalhos de Nietzsche e pela teosofia, claras influências no seu pensamento musical, revelando-se um especial admirador de filósofos como Delville e Hélène Blavatsky.

Scriabin foi grande amigo do Conde Lisounenko (Лисуненко), quem o introduziu no mundo do misticismo. De onde surgiram as idéias de cores, luzes e do átomo que abalaria a Terra, talvez uma premonição da Bomba-Atômica, segundo estudiosos. Algum tempo antes de morrer planejou um mega-projecto a que chamou “Misteria”, um trabalho multimédia a ser apresentado nos Himalaias que desencadearia o Armagedão, uma «grandiosa síntese religiosa de todas as artes que faria nascer um novo mundo»

A escrita de Scriabin terá as suas primeiras influências na música do romantismo tardio, especialmente no estilo de Chopin, sonoridade a que a sua primeira fase de composições se assemelha bastante. As formas que usa, aliás, são as mesmas: encontramos nocturnos, prelúdios, estudos e mazurkas. Posteriormente inspirado pelos impressionistas, pelo cromatismo de Liszt e Wagner, Scriabin foi personalizando e evoluindo o seu vocabulário musical, evolução que podemos seguir através das suas dez sonatas, das quais as últimas cinco dispensam já as armações de clave e revelam passagens claramente atonais. A harmonia convencional é substituída por sistemas de acordes construídos sobre intervalos invulgares (preferencialmente quartas) e a articulação é dissolvida, tomando muitas vezes uma forma de som em massa, em que os vários acontecimentos se cruzam e atropelam.

As suas composições mais célebres são duas obras orquestrais, o Poema do Êxtase (1908) e Prometeu (1910),peças em que pretendia suscitar no público uma espécie de êxtase místico, fortalecendo a interpretação com efeitos de iluminação nas salas de concertos. Em algumas obras, como Prometeu: Poema do Fogo (1913), utiliza jogos de cores, fazendo experiências com a sinestesia na relação de música e cores. Outros exemplos são o Poème divin (1905), Vers la flamme e o Poema do Êxtase (1908).

Fonte: Wikipedia

quinta-feira, outubro 28, 2010

Vida, minha vida, Olha o que é que eu Fiz ?


Deus, em sua imensa generosidade me concedeu um privilégio de ser quase qualquer coisa que tenha me proposto a realizar durante a minha parca vida na terra, seja informática, línguas, fotografia, poesia, mas especialmente Música, aquilo que realmente nasci para fazer. Sou muito grato pelos talentos recebidos. Enquanto preparo o meu concerto do próximo sábado, dia 30, varando madrugadas em concentração absoluta, tocando, escolhendo, compondo arranjos, ouvindo Scriabin, Liszt, Schumann e outros, é que vejo o quanto tempo perdi na vida, por não haver me dedicado a exercer melhor e aprofundar meu dom musical como deveria.

É verdade que estudo constantemente, e toquei com alguns dos maiores músicos da minha geração, e minha reputação musical é das melhores, mas para um coração igual ao meu isso não é suficiente... Hoje ouvindo o "Carnaval" de Schumann, peça que conheço desde a adolescência ( hoje com 44 anos ), vejo que eu poderia ter composto coisas grandiosas. Compus minha primeira peça aos 14 anos, um Choro ao estilo de Ernesto Nazareth, que posteriormente dediquei à minha professora Diana Pierre. Ainda adolescente, queria compor alguns concertos para piano e orquestra bem ao estilo de Chopin, mas os muitos afazeres, a eterna inércia e as paixões mundadas sempre me afastaram de trabalhos mais árduos. Em música séria, é preciso muita determinação, muita transpiração, renegar o mundo em volta, e eu nunca fui muito afeito a essa espécie de eremita musical e a trabalhos extensos. Tenho feito coisas incrivelmente difícieis, desde que não me ocupem muito tempo. Coisas demoradas me entediam.

De lá para cá tenho me dedicado a inúmeras coisas, concertos, shows, e somente em 2003 retornei às composições, neste ano, compondo mais de 100 peças, e parei porque havia tanto som na minha cabeça que eu não estava dando conta em passar mais para o papel.

Hoje vejo que o caminho da reclusão do mundo, e dedicação total à composição como fizeram Rachmaninov, Prokofiev, Chopin e outros, era o caminho certo a seguir, se houvesse determinação, mas dediquei muito tempo a coisas que nunca me renderam senão aborrecimentos, como o Blog do Crato e outros projetos sociais de internet. É bom quando podemos fazer algo também pela comunidade e ser reconhecido por isso, mas Eu não sou reconhecido pela extrema dedicação que tenho me doado em tentar integrar as cidades do Cariri pela Rede Blogs do Cariri, e passar 5 anos de noites e noites acordado escrevendo notícias quando poderia dar talvez melhor contribuição ao mundo através da música.

Talvez soe meio estranho esse desabafo no meio da noite, especialmente aqui, ouvindo os Prelúdios de Scriabin, quando poderia ter continuado escrevendo os meus próprios, afinal de contas, há um ditado que diz que se queremos plantar coisas para a eternidade, plantemos idéias.

Hoje espero apenas viver o suficiente para materializar ainda o muito que tenho em música da cabeça para o papel e para o piano, que assim como Chopin, é meu outro Eu. Que Deus me dê forças para me tornar um monge da música, longe dos olhos do mundo, aquele eremita que recusei ser na juventude, e mais perto da verdade, que são apenas os sons. Viva Scriabin! Viva Chopin! Viva todos os meus grandes e verdadeiros amigos da Música.

Dihelson Mendonça
Foto Ilustrativa: Alexander Scriabin

domingo, outubro 10, 2010

Zéca Preto e Chico de Zébra - Por: Dihelson Mendonça



Zeca Preto era um desses clássicos caboclos nordestinos. 1:90m de puro sangue e músculos. A natureza havia lhe conferido uma força privilegiada, o que era reforçado ainda mais, pelo seu trabalho de servente de pedreiro, quando passava o dia carregando latas cheias de concreto para as construções, rendendo-lhe o carinhoso apelido de "Jabobêu" por parte dos colegas. Além daquele famoso "rabo de galo" lá no bar do Queléu, onde atualizava as prosas com os companheiros de sinuca, Zeca também adorava paquerar as pequenas do vilarejo.

Chico de Zébra, ao contrário, era um Cearense baixinho, bigode aparado, fala fina, metido a valentão, peixeira sempre na cintura, pois era um exímio cortador de cana. Em três coisas Chico acreditava: em Jesus, Maria Santíssima, e na honra da família. Trajando sua costumeira e surrada bermuda jeans, hoje sem cor, e um chapéu remanescente dos tempos em que largou o trabalho de pescador lá em Camocim, Chico morava numa choupana, com seus 2 filhos pequenos e claro, a sua formosa Antonieta, que embora para os dias de hoje já andasse meio decaída, já fora considerada a moça mais bela de Cotergipe. Religioso, aos domingos Chico levava a prole a assistir às chorosas homilias do vigário local, quando retiravam do armário as suas chitas mais imponentes.

Mas há tempos, andava acabrunhado o velho Chico. As más línguas do lugar haviam chegado até seus ouvidos, que Jabobêu andava dando em cima da sua Antonieta, e embora ele não tivesse a menor prova da veracidade dos boatos, que a cada dia se agigantavam em Cotergipe, isso estava roubando as suas noites de sono. Como medida preventiva, Chico começou a espalhar na redondeza, a fama de ser bom atirador de facas e que iria partir a cara do primeiro condenado que paquerasse a sua "fiel" esposa.

Zeca, folgado como sempre, não se deixava intimidar por esses ataques de ciúmes, e lá do Bar do Queléu, continuava com aquele olho de urubu esperando a vítima, pra cima da mulher do Chico, até o dia em que, tomando umas pingas a mais, começou a falar bobagens, e disse pra todo mundo:

"Antonieta é que é mulher! Ainda vai ser minha, num é pra tá com um bestalhão como aquele Chico de Zébra. Chico além de Fela da Puta, é Corno!" - Foi aquele alvoroço na cidade. A notícia se espalhou como fogo em mato de novembro, até chegar aos ouvidos de Chico, que logicamente, ficou indignado, e passava a noite resmungando, apesar dos muitos chás de camomila e erva cidreira que Antonieta lhe preparava. "-- Eu vou matar aquele desgraçado!", dizia. A mulher ainda tentava acalmá-lo: "- Chico, você num vá fazer uma besteira, homem de Deus, olha os teus 2 filhos pequenos pra criar..."

Mas Chico estava se sentindo humilhado e firmemente determinado a passar essa estória a limpo. Correu o boato na cidade, de que iria matar Zeca Preto, que quando soube, caiu na gargalhada, não ficando nem um pouco intimidado. Zeca, na verdade, se deliciava com as notícias vindas das bandas do Chico, que garantiu tomar satisfações.

Não suportando mais aquela terrível situação, pois ao passar pelas ruas de Cotergipe, até as crianças já zombavam: -- Ali vai Chico de Zébra, o corno da cidade!", Chico decidiu que o Sábado à tarde seria o momento ideal para a execução de seu plano macabro. Iria se encontrar finalmente com Zeca Preto no bar do Queléu. "-- Quero ver se aquele vagabundo tem a coragem de dizer na minha cara o que ele anda dizendo por aí, nas costas..." resmungava.

No dia programado, Chico pegou a sua famosa peixeria, botou na cintura, tomou umas bicadas e saiu em direção ao Bar do Queléu. Nem é necessário dizer que metade da cidade o seguiu em povorosa. Crianças gritavam, mulheres choravam, e os homens naquele alvoroço, diziam: "hoje vai ter pau! hoje um dos dois se acaba ! Eita, Danou-se!"

Zéca Preto tava ainda conversando dentro do bar, quando olhou pela janela e viu a multidão vindo naquela direção, e alguém disse "Que diabo é aquilo, Zéca ? O povo endoidou ? " "Não! deixa estar! É o Chico que vem lavar a sua honra de corno!"

Chico, já com cara de valentão, "pegando ar" sob a gritaria do imenso público que o seguia, e aparentando uma coragem até então inexistente em sua vida, mesmo tendo apenas quase metade da altura de Zéca Preto, chegou defronte ao Bar do Queléu e gritou:

"Zéca Preto? Eu quero ver se tu é homem é agora!"

Fêz-se aquele silêncio no vilarejo.

"Eu quero é ver se tem homem nessa cidade!"

Zéca, dentro do bar, tomou a última lapada de cana, acendeu um cigarro e foi calmamente em direção à porta. Coçou a cabeça e disse:

"O que é que você quer, Chico ?"
"Eu vim lavar minha honra!" "Eu soube que você andou dizendo por aí que eu sou Corno. Isso é verdade ? Quero ver se você tem coragem de dizer que eu sou corno na minha frente, aqui, pra todo mundo escutar. Quero ver se tu é macho mesmo é agora, Zéca Preto!"

Zéca então, largou o cigarro, e ficando na frente do Chico, inclinou o enorme corpo negro, e olhando bem nos olhos, disse com uma voz grave e forte:

"Eu falei pra todo mundo e digo agora na sua cara, Chico: Você não só é o corno da cidade, mas é também um Fela da Puta, um viado e um baitola! E aquela sua mulhezinha Marieta, ainda vai ser minha. Agora abra a boca aí, e diga ao menos um "piu" pra gente se acertar os ponteiro agora! o que é que você veio fazer aqui mesmo ?" ( E começou a dar murros na parede ).

Chico de Zébra, então, tremendo como uma vara verde, e quase se mijando diante daquele vexame, com todo mundo olhando e esperando qualquer reação, pensou...pensou e com uma voz cada vez mais fina, soltou finalmente essa:

"ÊÊÊ...Ê.......Eu num disse ? ... Eu num disse, pessoal ? Taí. Dei valor a você, Zéca Preto! Pra mim homem tem que ser macho assim, que diz as coisa na lata, na cara. Num é como essa ruma de falso, de baitola daqui de Cotergipe, que alevanta falso de nóis pelas costa ! Homem pra mim tem que dizê as coisa assim, na cara. Agora eu tô por dentro que tu é macho mesmo! " E fechando a boca, saiu cabisbaixo e de fininho no meio da multidão.

Zeca Preto, voltando para o bar, pegou um taco da sinuca, e enquanto passava o giz azul, deu uma "goipada". Queléu, o dono, então falou: "E aí, Zeca, como é que tu sabia que ele ia se desmanchar daquele jeito ?"

Zeca Preto fez uma cara de "amassa prego" com o cigarro no canto da boca, e olhando por cima do taco com um olho fechado, apenas resmungou de lado:

"É porque nesse mundo, Queléu, até pra ser um bom corno como Chico, é preciso já nascer com talento!"

Por: Dihelson Mendonça

BlogHumor - Essa turma não tem mais o que inventar ! - Vídeo humoristico mostra Hitler comentando as decisões de Lula


E vem o fim de semana, quando publicamos a nossa costumeira seção BlogHumor. Este artigo foi publicado ontem ( 09 de Outubro ) no Site do Jornal "O Povo OnLine", no famoso Blog de Eliomar de Lima. O vídeo é incrivelmente hilário. Apesar das irrealidades e exageros em muitas colocações, deve ser encarado apenas como humor. Se você assistiu ao filme original "The Bunker" os últimos dias de Hitler, vale a pena conferir essa nova versão que já é sucesso...







"Olha só o que a turma da internet inventou: um vídeo, hilário por sinal, que deve ser visto comendo pipoca."

Fonte: Eliomar de Lima - O POVO OnLine

quinta-feira, outubro 07, 2010

Picolé de Gêlo


"Existe gente tão ponderada, tão terrivelmente ponderada em suas colocações, que seu coração parece feito de gêlo, incapazes de emitir qualquer juízo que valha algo; De tal modo, que se a terra usasse desses mesmos artifícios, ficaria sem saber se comeria ou não o cadáver delas."

Dihelson Mendonça