Vendo uma das poucas fotos tiradas do meu pai, percebo que a cada dia, ele fica mais belo. Meu grande mestre, que ensinou tantas virtudes, além dos primeiros acordes no violão ( que parece ter sido num dia desses ), o meu grande abraço, meu querido amigo! Naquele dia em que nos despedimos, tu me agradeceste, misteriosamente, quando na verdade, tudo o que sou e o que eu sei, devo a ti. Tantas coisas há para serem ditas, tantos poemas para serem escritos e tantas verdades. Mas passei aqui desta vez, apenas para te dizer o quanto te amo. Paizinho, estamos todos vivos e bem. Tu estarás comigo para sempre, até o fim dos tempos, minha alma gêmea.
E aproveito para te dedicar esta música, que tanto gostavas:
E aproveito para te dedicar esta música, que tanto gostavas:
Naquela mesa
(Sergio Bitencourt)
Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava estórias
E hoje na memória eu guardo e sei decor
Naquela mesa ele juntava a gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho, eu fiquei seu fã
Eu não sabia que doia tanto
Uma mesa no canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse quanto dói a vida
Essa dor tão doída não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala no seu bandolim
Naquela mesa tá faltando ele
E a saudade dele tá doendo em mim
Eu não sabia que doia tanto
Uma mesa no canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse quanto dói a vida
Essa dor tão doída não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala no seu bandolim
Naquela mesa tá faltando ele
E a saudade dele tá doendo em mim
Naquela mesa tá faltando ele
E a saudade dele tá doendo em mim
Dihelson Mendonça
7 comentários:
"MEU DIARIO".
A singeleza com que trato esse assunto tem um toque de carinho sincero, puro e de saudade. Não sei precisar o dia, mês ou ano, foi num final de tarde de uma Sexta-Feira na década de 1980. Sair do Banco Industrial e Comercial S.A e fui a Construtora Leimo Empreendimentos apanhar as assinaturas de seus diretores num contrato firmado entre as partes. Não os encontrei e fiquei a aguardar sentado num banco fora do escritório.
Uma porta se abriu, e fui convidado a entrar na sala. Vi-me diante de um homem sereno e talentoso debruçado a examinar uma planilha de custos. Num átimo, deixamos de ser gerente de banco e de empresa e metamorfoseamo-nos em homens, pais de família e passamos a comentar sobre educação de filhos e outros atropelos da vida.
Já tínhamos uma amizade recíproca e verdadeira, e daquele dia em diante, depois daquela nossa conversa, passei a admirá-lo mais e entendi que também cresci no seu conceito.
O destino conduz aquele que consente e arrasta o que lhe resiste, e, numa dessas voltas que o mundo dá é que fui deixar o Crato amado e fixei residência no norte do Pais por um bom tempo.
Perdemos os nossos contatos. Dizem que quem quiser perder os amigos se afaste deles. De volta, já no meu ninho, fiz uma viagem a Várzea-Alegre para visitar parentes e rever amigos. No carro que viajava, logo na primeira poltrona, estava uma Senhora cuja fisionomia e traços físicos não me eram estranho, apesar de não me ter reconhecido. Quando chegamos em Farias Brito, bem na pracinha, Ela desembarcou e apanhou sua bagagem. Perguntei para um amigo: Quem é essa Senhora? E para meu espanto e tristeza ele respondeu: é a viúva de Damião de Souza. Foi assim que recebi a noticia do falecimento do meu amigo e camarada.
Como quem colhe somente colhe aquilo que plantou, hoje, eu estou a colher os frutos da semente semeada naquela recuada década de 1980.
Damião! Saiba nesta sua morada celeste onde repousas, que foi muito importante ter sido seu amigo e agradeço por Dihelson, essa criação especial de Deus da qual você e Haidèe são sócios.
Agradeço a Deus por tê-lo como amigo.
Saudades.
Antonio Alves de Morais
Texto postado no Blog de Varzea-Alegre em 27.08.2008.
Linda a lembrança Di, pena que nem todos possam ter esta mesma recordação.
A primeira espressão que se tem olhando a foto está bem destacada, são os olhos do teu Pai, como no poema Pelos Teus Olhos, a cor negra, dos olhos são raras, devem ser pessoas especiais. Temos sempre as várias tonalidades de verde, azul, castanho, mas esta cor a negra são poucas as pessoas que possuem, tenho um sobrinho (Emmanuel), eu sempre falo para minha irmã que ele é que tem os olhos mais bonitos, o irmão dele tem olhos vedes, tenho outros com olhos castanhos, e azulados ( quase cinzas).
Uma homenagem que toca os mais empedernidos corações.
Conheci Seu Damião,que foi uma grande honra, e atestei sua "sabiedade" (um neologismo que criei para fazer frente ao erudito "sapiência").
De fato, ele era um sertanejo sábio.
Receba o meu abraço, Dihelson, ao qual abraço seu grande pai.
Carlos Rafael
Convivi com seu pai, bem sei a escolha da musica preferida dele, nossas familias foram próximas em uma passagem da nossa vida por Quixará. Identificando: sou filho de Antonio José de Lima, também sou primo de um personagem que a meu ver, ilustre que passou por Quixará, Pe. Nonato. Conheci seus pais,você é um vitorioso cara!,tenho saudades também do Damião,isso é de coração. Admirava seu pai, pela humildade, isso diz tudo. Abraços a todos, é especial ao Damião, que Deus tenha em um bom lugar!
Gostaria de Agradecer ( IMENSAMENTE ) por todas essas demonstrações de carinho e Afeto por essas pessoas que escreveram comentários em relação a meu Pai, Damião Sousa. Ele realmente nos deixou muitas saudades, mas acredito que estará sempre conosco de maneira espiritual, a nos dar forças e alegrias para que continuemos nossa jornada aqui na terra, sobretudo para os que o conheceram como um modelo de devoção ao trabalho, a dedicação à Família, o Zêlo, e o Amor que tinha e tem pela Humanidade, expressada numa fé inabalável em todas as grandes virtudes.
Abraços,
Obrigado.
Dihelson Mendonça
Dihelson,
Passando pelo seu blog li a linda homenage feita ao seu saldoso pai.
Não tenho historias em comum para contar mas, quero lhe dizer que a foto da publicação foi tirada pela minha mãe Telma Saraiva. Comfirmei isso com ela.
Grande abraço!
Oi, Edilma,
Sim, lembro-me bem também, que Papai foi até o estúdio da Telma para fazer esse retrato, que foi usado para sua única pretensão política, de se tornar vereador pela cidade que ele amava realmente, que era Farias Brito.
O traço de D. Telma é inconfundível.
Abraços,
Dihelson Mendonça
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