O imediato monumento movediço
Entre o nascer e o pôr do sol
A narcose da história provisória
Construía e desconstruía em devoção
Laços de lascívias civilizadas
Em uma linha de produção impecável
Com referentes empacotados em pactos
E signos enlatados em latências
Com prazo de validade estável
Canteiro de obras que imanava
Corredores e intumescia o derredor
E fazia chover gasolina em um pasto deposto
Nas retinas opostas das vacas canonizadas
Vapores moviam motores em
Diacronia e sincronia placentária
Ela contemplava esse novo atavismo
E ofertava os resíduos para sua prole
Em um templo erguido na sala de estar
A solidão com a solene transição
Dos metais preciosos para o cartão de crédito
Com a degradação dos degraus a
Linguagem tornou-se autônoma e surgiu
A necessidade de venda para os olhos
Para um sono tranqüilo surgiu antagônica
A necessidade remarcada do escuro
Tudo precisa ficar imóvel entre a
Mobília e a paisagem imobiliária
Poema dedicado a Dihelson Mendonça
Um conhecedor transcendental da
linguagem secreta da música
Nenhum comentário:
Postar um comentário